segunda-feira, 20 de setembro de 2010

HERRAR È UMANU OU O PERDÃO AS OFENSAS

Olá amigos
A obtenção do perdão a quem ofendemos é a matéria atual dos meus pensamentos imperfeitos em causa própria.  
Porque é tão difícil ser perdoado?  Ser compreendido quando erramos em relação aos outros é o que mais queremos.   Porque então não compreendemos nossos semelhantes quando nos pedem que reconheçamos suas limitações? Porque quando são eles nunca dizemos: Tudo bem cara! Eu te entendo, ninguém é perfeito, tenta segurar sua onda para não dar uma desta de novo, vá em paz, aliás melhor seria dizermos: Fique em paz, não sou seu credor em nada.
Nunca mas nunca mesmo, queiram ser aqueles que irão retirar a esperança de ser compreendido, de ser acolhido, enfim de ser absolvido, de quem quer que seja. Vocês podem até achar graça no que vou dizer, mas muito melhor ser o ofendido, do que aquele que ofende, podem acreditar.
 Já quando somos nós a pedir entendimento e absolvição, com a cabeça baixa, a voz tremula e embargada, olhos marejados, mais perdidos que cachorro que caiu da mudança, ficamos em estado de suspensão, aguardando a decretação da sentença, que esperamos ser aquela que nos libertará da nossa vergonha.
Herrar é umanu. Somos juízes implacáveis dos hábitos e conduta dos outros, mas pedimos que entendam nossas mazelas, ou nos aceitem quando nosso processo de tomada de decisões mostra-se equivocado, o tal do erro.
Existem os que dizem: Vou te perdoar, mas nunca mais quero te ver em toda minha vida. Outros de índole, digamos mais pacífica, esmeram-se em dizer: Eu sou muito legal, muito bom, mas não pisem no meu calo que viro bicho. Grande vantagem ser legal quando nada há que requeira ponderação e calma, quero ver ser legal quando o dito calo, é pisoteado, aí sai de baixo.
As relações humanas tão infinitamente complexas em conteúdo e forma estão sempre a nos exigir capacidade de entendimento e adaptação. Em outras palavras mais cabeludas, capacidade de renúncia, de amar verdadeiramente todos os que nos cercam, sem distinções. Muito difícil neste nosso estágio de evolução moral. TM ¨É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã...
Conviver, viver com, é o nosso maior desafio e razão maior de todo nosso trajeto neste nosso pequeno planeta, que Gagari constatou ser azul.
Pular a cerca, não estou falando de infidelidade, poderiam pensar, aqui no caso quer só significar a troca de posicionamento, aquele momento de reflexão íntima. O  que eu gostaria que me fizessem ou me dissessem  se fosse EU a estar, nesta posição?  Concessão, este  é o grande desafio que nos impõe a vida como um todo, uma tomada de atitude madura, pacificadora ou para usar um termo muito em moda atualmente, uma atitude pró-ativa.  
Todo questionamento religioso, toda reflexão filosófica, todas as dúvidas existenciais, seriam esclarecidas, tomando-se por termo de conduta um ensinamento transmitido muitos anos atrás, simples em sua enunciação e tremendamente difícil de ser incorporado ao nosso processo mental, aos nossos hábitos e  atitudes diárias, no que se refere ao nosso posicionamento em relação aos que nos cercam. Que ensinamento seria este? Tenho certeza que todos vocês o conhecem, e muitos já o vislumbram na linha de chegada.
Quando questionado qual seria o maior dos mandamentos, o singelo instrutor da Galileia respondeu: Amar a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. Complementando que ali estava contida toda a lei e todos os mandamentos.
Ouvimos este ensinamento há tanto tempo, e nunca dispomos siquer de poucos minutos para refletir que nele estava contido todo e qualquer parâmetro de conduta que necessitávamos para nosso bem viver.
Em qualquer situação de conflito ou dúvida, bastaria um momento de reflexão íntima, onde lembraríamos qual é o único ponto de referência requerido para avaliarmos qualquer situação. NÓS MESMOS.
Carregamos todos nós esta auto referência, se somos falhos e todos nós  somos, porque não entender, compreender, aceitar, auxiliar, enfim esquecer o que nos foi feito de mal quando sabemos da nossa capacidade de fazer o mesmo ou muitas vezes pior ainda do que aquilo que nos foi feito. Abrandem seus corações, pessoalmente não conheço ninguém que suportasse estar sob o crivo do próprio critério de avaliação. Vocês conhecem?
O maior inimigo da trajetória humana sobre este orbe, fonte de todos os conflitos e de tudo que há de inferior e negativo dentro de nós, tem nome e rosto e atende por ORGULHO. Façamos todos nós uma pausa de reflexão e avaliação não de nossos companheiros de caminhada, mas sim do parâmetro único requerido, o único que nos interessa e nos diz respeito. NÓS MESMOS.
Aproveitando o ensejo,  peço humildemente o perdão de todos aqueles que realmente foram e aqueles que  julguem-se por mim ofendidos, na mesma forma e intensidade que EU MESMO perdoar a todos que por ventura eu possa pensar terem- me ofendido. Que assim seja!
Um grande abraço a todos, e que Deus os ilumine.

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