segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CAIXINHA DE SURPRESAS


Olá amigos.
Assim como o futebol, a vida é definitivamente uma caixinha de surpresas, quando você pensa que já passou por tudo, que já viu  tudo o que havia para ser visto, quando já experimentou o que poderia experimentar, o vocábulo inusitado passa a fazer parte do seu dicionário.
E aí esta o grande barato deste exercício cotidiano que denominamos VIVER.  Gonzaginha já nos fez esta pergunta. E a vida, e a vida o que é? Diga lá meu irmão. Ela é a batida de um coração? Ela é uma doce ilusão? Eu de cá arriscaria um... Sei não! 
Sem rodízios vou logo falando o que penso, a vida é aprendizado, e  portanto, como o aprendizado é infinito e inesgotável, assim é a vida, um exercício constante e infinito rumo ao autoconhecimento e ao conhecimento de tudo o que nos cerca.
Seguindo a lógica irracional dos meus textos, se é que existe tal coisa, lógica irracional,  e como para todo efeito existe uma causa, não é por loucura simples que estes pensamentos vieram me visitar, é loucura elaborada.
Meu amigo Herbert Viana em uma de suas músicas, faz uma constatação aparentemente simples na forma, mas com uma carga de significado tão ampla quanto o universo. Há um segundo tudo estava em paz.  Tentem  não se aterem apenas ao espírito da palavra,  mas sim adentrar a palavra do espírito, não vejam aí conotação religiosa, é apenas questão de reflexão íntima.
Há um segundo tudo estava em paz... E no segundo seguinte tudo se transforma, onde havia risos, o choro se faz presente, onde havia harmonia o caos se instala, onde havia luz a presença das trevas se faz sentida. Graças a Deus, o inverso também ocorre, mas sem tamanho impacto de reflexão, a saída da zona de conforto sempre é mais intensamente vivenciada, do  que o seu retorno a ela, apesar da sensação de alívio sentida quando transpomos algum obstáculo, quando vencemos algum desafio.
Um simples reencontro me fez fazer todas estas digressões, pensava eu já ter minha vida definida, em curso certo, com destino de chegada definido, ledo engano, mal sabia eu com  quanta novidade eu ainda me defrontaria após o segundo da mudança, aquele segundo que me retiraria da minha zona de conforto e me jogaria no olho do furacão.
Quanta mudança se processou em menos de três anos na minha vida, 900 graus, duas voltas inteiras e meia, é a minha sensação, vi o mundo em outra perspectiva, não muito agradável, diga-se de passagem,  de cabeça para baixo no primeiro momento, e ainda agora em um plano  bastante inclinado.
Vivenciei emoções inusitadas, descobri  possibilidades insuspeitas, me reinventei, e neste processo descobri o quanto ainda tenho por ser revelado, o quanto ainda tenho para experimentar e aprender sobre mim mesmo, poderia ter sido  um fato qualquer, ou uma pessoa qualquer, mas coube a você, por contingência do destino, sempre tão insondável, ser o agente catalizador desta transformação bárbara, que ocorreu na minha vida, mudando a percepção que eu tinha de mim mesmo, e no processo encontrando  uma nova maneira de me relacionar com as pessoas.
Não foi fácil não, mas ter minha vida tangenciada pela sua naquele momento crítico de tomada de decisão, me levou a enxergar de forma  clara e sobretudo definitiva que o caminho até então percorrido, não tinha via de retorno, seria outro o meu destino de chegada, foi um divisor de aguas, adoro esta expressão, me faz pensar em Moíses, que na minha imaginação tem o rosto de Charlton Heston é inevitável para a minha geração.
O fato é que ao atravessar o meu Mar Vermelho, me vi em terras desconhecidas, que percorro em passos hesitantes, cautelosos, os ecos da última experiência ainda reverberam na alma, mas nada que me faça deixar de prosseguir a caminhada, é trajeto percorrido, mesmo que os pés em carne viva sejam uma lembrança pouco agradável.
O fato é que você mudou minha percepção, me descortinou um mundo de possibilidades que eu julgava a mim vedadas, nossa interação não é de agora, sei por saber desta verdade, nossos espíritos são afins, afeto verdadeiro, apesar de extremamente confuso, mas é assim mesmo.
Nos entendemos e nos desentendemos, nos atraímos e nos repelimos, mas posso dizer, me sinto um privilegiado pela experiência.
Hoje nossas vidas tomaram rumos distintos, você segue seus caminhos na tentativa comum a todos de auto descobrimento, o mesmo caminho que percorro tendo outros companheiros de jornada, mas tenha certeza de uma coisa, afeto real é eterno, imorredouro.
Talvez aqueles que se arriscarem a ler este texto não possam entender a motivação de tê-lo escrito, contudo como já disse anteriormente, isto aqui tornou-se um binômio de terapia-terapeuta, mas penso que como as experiências são muito semelhantes, vocês entendam, que isto tudo nada mais é, que um tributo de gratidão, uma homenagem que presto através de uma pessoa a tantas outras que compõe o mosaico da minha existência, que me enriqueceram com a sua convivência, que fizeram cada segundo ser um momento de transformação, e agradeço a Deus por assim ser, o contrário tem por nome, estagnação.
Viver é assumir riscos, alguns calculados, outros nem tanto. Let it be.
Um grande abraço a todos, hoje em especial a você a quem foi dedicado estes pensamentos imperfeitos. Até o próximo surto..
Fiquem todos sob a proteção de Deus
Ricardo M

sábado, 5 de novembro de 2011

CORAÇÃO INSENSATO ( Letra de Samba )

Ah! Coração insensato
Já nem se liga no fato
Insistindo em tentar
Só consegue se iludir
Fingindo não ouvir
O que tento te explicar
Encontrar um amor de verdade
É  beco sem saída
Só um em sua vida
Já é raridade
Contudo você não me escuta
Prossegue na luta
Sem querer entender
Esquece a própria vivência
Negando a evidência
Fingindo não ver
Quem disse te amar
Falou por falar
Terminou sempre em dor
Depois você chora baixinho
Soluça, reclama
E eu cá na minha cama
Não consigo dormir
E mais uma vez eu te explico
Consolo,suplico, fingindo supor
Que desta vez você entenda
E vê se se emenda
Pois nesta contenda
Sou professor
Te peço, tenha piedade
É que em questão de saudade
Te digo sem vaidade
Já me tornei Doutor
Insensato coração
Sei que te falo em vão
Só faz a sua vontade
Ignora minha agonia
Pois quem vive na tempestade
Enjoa na calmaria.

Ricardo M          Cartola que me aguarde. rsrsrsrs.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

SPC - SERASA - BACEN - RECEITA FEDERAL

                     
Olá amigos
Proponho a todos uma pequena brincadeira, vamos usar nossa imaginação, vou lhes passar algumas imagens e algumas tarefas imaginárias, mas tudo tem que ser feito com exatidão e boa vontade de brincar. Vamos lá!
Vamos imaginar que temos um Limão em nossa mão esquerda e uma faca na mão direita, um limão daqueles de casca verde claro, brilhante, fina, suculento. Visualizem o limão em suas mãos, vamos então cortar este limão ao meio, sentir o suco que escorre entre nossos dedos, apanhar uma das metades e espremer direto em nossa boca. Se vocês fizeram isto da forma pedida, tenho certeza absoluta que o azedo do suco deixou suas bocas cheias de saliva.
Agora vamos repetir o mesmo exercício usando uma fruta diferente, vamos visualizar uma  Potuca em nossas mãos, cortá-la ao meio e repetir o processo de espreme-la diretamente em nossas bocas. Sentiram?  Não?   Por quê? Claro que a resposta para todas estas questões, será a mesma para todos. O que é uma POTUCA?  Não conhecem??????  Nem eu...
A brincadeira acima serve para que eu possa embasar toda a minha argumentação, só podemos sentir, sob todos os aspectos que envolvem nossos cinco sentidos básicos, e além deles, o que nossa experiência comporta, ou seja, só podemos avaliar o que conhecemos, a mesma argumentação serve para todos os outros aspectos de nossa vida.
Só reconhecemos no outro aquilo que trazemos dentro de nós, aquilo que já foi experimentado, aquilo que foi vivenciado, enfim o que foi sentido.
Preciso indubitavelmente do outro para saber quem  eu próprio sou, o olhar do outro me define.
Quando falo que alguém é invejoso, é que este sentimento apesar de solenemente negado até a morte, é de fato por mim conhecido, já foi vivenciado e conjugado na primeira pessoa.
Quando digo que alguém é maledicente, ou no popular, fofoqueiro, eu também reconheço ter sofrido da mesma patologia d alma, apesar de tentar me enganar que detesto fofoca. É sempre assim, vivemos sempre em negação ao que de fato somos.
Peguem qualquer sentimento, maior ou menor e submetam ao teste, não tem como se furtar a regra, só conheço o que trago ou já trouxe impresso em meu espírito, caso contrário, estaria em completa ignorância em relação ao que estivesse vivenciando. POTUCA, não teria sentido.
O que me levou a pensar e escrever sobre tudo isto, foi uma sensação indelével, que já há algum tempo, recusa-se terminantemente a me abandonar,  apesar do esforço enorme de submergi-la, sempre me vem à tona, sensação muito comum a todos, a de se sentir injustiçado, caluniado.
Tenho um conhecimento vasto, proporcionado pela leitura constante, uma curiosidade enorme sobre tudo e um desejo insaciável de aprender, contudo meu conhecimento ainda está longe de transformar-se em sabedoria. Conhecimento não é sinônimo de  inteligência, eu que o diga. Tomei inúmeras decisões que contrariavam frontalmente tudo o que eu já sabia.
LIVRE ARBÍTRIO, posso escolher conforme minha vontade, mas em contra partida tenho que assumir o resultado da escolha, não há nada melhor para explicitar a Grandeza do Criador. Liberdade de Escolha e Responsabilidade perante ela. JUSTIÇA PERFEITA.
Tudo o que aqui escrevo, escrevo em primeiro lugar para materializar meus sentimentos, minhas emoções, uma forma de tornar palpável o que me vai pelos meandros da alma, uma forma de exorcizar tudo o que me retém a jornada, tudo o que me paralisa de certa forma, portanto é disto o que se trata.
Não sou credor de ninguém, apesar de neste exato momento,  meu espírito tentar sucumbir a tentação de fazer as cobranças indevidas das quais no recôndito da alma me julgo credor, mesmo SABENDO que não me cabe nenhum direito de faze-las.
Estão vendo como funciona a questão? Conhecimento x Negação. Consolo-me com o reconhecimento da minha inferioridade moral, que só através de muita jornada, muito caminhar,  poderei  chegar um dia à luz plena do conhecimento tratado com discernimento, ou seja, sua transmutação em SABEDORIA.
Este recado é para mim mesmo em primeiríssimo lugar e para quem quiser escutá-lo. NÃO SOMOS CREDORES DE NINGUÉM, portanto deixemos a postura de vítimas, quando na maioria das vezes, somos nós os algozes.  Somos nós os críticos severos da vida alheia,  quando não damos conta da nossa própria vida, somos nós os cobradores impiedosos de nossos companheiros de viagem, quando não pagamos nossos próprios débitos, somos réus inconfessos, tentando exercer o papel de juízes do proceder do nosso próximo, não temos este direito
Muito ao contrário, somos eternos devedores perante a LEI DE AMOR, que a tudo e a todos ordena, com suprema Justiça e Bondade, perante a esta Lei sempre temos a chance da renovação do aprendizado, até que por esforço próprio, possamos ostentá-lo como conquista legítima, no íntimo de nossos corações.
Espero que minha alma entenda e aceite o que aqui escrevo e proclamo: A todos aqueles que julguei indevidamente meus devedores, saibam que suas promissórias caducaram, seus cheques sem fundos foram retirados do meu BACEN interior, que suas promessas não cumpridas foram reconsideradas à luz das minhas próprias, inúmeras, que deixei  eu mesmo de cumprir, no meu SPC, não há mais ninguém negativado, meu SERASA fechou as portas, na minha  RECEITA FEDERAL, não há mais impostos devidos.
Peço aos meus credores a indulgência de fazerem o mesmo em relação a mim, mas aí já é outra questão.
Só de escrever isto tudo minha alma já está mais leve, que assim ela possa permanecer.
Um grande abraço a todos, fiquem com Deus.
Ricardo M.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TUDO PASSA

Olá Amigos.
Quando alguém me diz com o peito todo estufado de orgulho, cheio de pompa e circunstâncias,  que é EXPERIENTE, meu personal  translator das Organizações Tabajara, ou seja,  meu tradutor interno, me diz a seguinte coisa: - Este aí já fez muita M...A na vida.
Experiência,  via de regra, traduz-se pelas inúmeras tentativas que redundaram em fracasso, até que por insistência, aprende-se o Caminho das Índias, ou seja, de tanto esmurrar a ponta da faca,  um dia percebe-se que se está sem as mãos e aprende-se a inutilidade do ato.
 Eu quando mais novo, costumava dizer que esta tal experiência, era um pente que davam para o homem quando ele já estava careca, mas há muito parei de pensar desta forma por acreditar que conhecimento é cumulativo e imorredouro, assim como as transformações morais.
 São todos atributos do espírito, em sua longa jornada de aprendizado em direção a angelitude e a sabedoria.
Toda esta digressão me ocorreu em virtude de ficar pensando sobre a passagem do tempo ou a percepção individualizada e única que fazemos de sua passagem. Já perceberam como se tornou comum entre nós dizermos  que o ano passou rápido demais? Como se por algum sortilégio os minutos tivessem menos que os 60 segundos usuais, ou que por um passe de mágica,  o dia tivesse encurtado o seu número próprio de horas.
O tempo é esta entidade amorfa, indefinida, quase ficcional, não aprendemos ainda a pensar em conjuntos abertos.
 Infinito e eternidade, continuam sendo apenas conceitos metafísicos de difícil compreensão e aceitação, por isso precisamos de unidades de valores fechados,  que possam nos dar uma sensação  de normalidade, de limites, pois ainda somos  nós mesmos extremamente limitados, precisamos pensar em conjuntos fechados, princípio, meio e fim.
Vocês devem estar pensando: O que leva uma pessoa a pensar tanta coisa aparentemente desconexa? 
O que me levou a tanta prosopopeia para bovino adormecer, ou seja, conversa para boi dormir, foi perceber que eventos recentes que eu pensava terem desencadeado o fim do mundo, pelo menos para mim, ocorreram há mais de um ano.  É meus amigos,  o tempo voa, ou ainda melhor, o mundo gira e a Lusitana roda, como dizia uma propaganda de uma transportadora, ou para ficar em algo mais contemporâneo... A fila anda. Oh! Se anda, eu que o diga.
A percepção da passagem do tempo é única para cada um, envelhecer para grande maioria das pessoas, constitui-se em uma maldição, uma tragédia a ser evitada a todo custo, não é a toa que a indústria de cosméticos e a medicina estética encontram-se atualmente entre os ramos mais rentáveis da atividade humana.
Quando eu falava com meu pai que estava louco para fazer dezoito anos para obter a tão sonhada carteira de motorista, sonho de dez entre dez jovens do sexo masculino, meu pai me olhava enfurecido e me dizia assim: -  Vai seu trouxa! Quando você tiver dezoito anos, você vai ver que quando menos esperar você está com quarenta. Quanta EXPERIÊNCIA.
Hoje depois de decorridos mais de meio século de vida,  putz, colocado assim estou me sentindo uma antiguidade, rsrsrsrs, o fato é que decorrido este pequeno período de existência, assim ficou melhor,  percebo a sabedoria oblíqua da tal observação do meu pai, somos iludidos por uma percepção equivocada que tudo passa rápido demais.
Como você conta o seu tempo decorrido?  Qual o seu processo íntimo de perceber a passagem do tempo?  Pois podemos escolher, como tudo na vida, a maneira de fazermos esta contagem.
Uma forma de contagem pode ser pelos fracassos, pelos planos nunca realizados, pelos projetos interrompidos, pelos sonhos nunca concretizados, pelas promessas que não foram cumpridas, pelos amores interrompidos, pelas fraturas da alma.
Outra forma pode ser pelo que foi alcançado, pelos planos que deram certo, mesmo que sejam poucos, e por isto mesmo,  mais memoráveis, pelos projetos finalizados, pelos sonhos que se tornaram palpáveis, pelas promessas concretizadas, pelos amores vivenciados, pois toda forma de amor vale a pena, pela benção que são os filhos, pelos inúmeros recomeços depois das quedas abruptas,  por tantos sorrisos, risadas e gargalhadas gostosas que chegaram a nos tirar o fôlego.
Façam sua escolha, ela é própria, única e individual, em minhas orações aprendi a não mais pedir força, pois eu posso com ela torcer o pescoço de alguém em um momento de raiva, mas sim pedir paciência e sabedoria para compreender minha humanidade, minhas limitações, para a partir deste marco inicial, tentar entender a limitação  e a humanidade de quem está ao meu derredor.
Aceitar que as pessoas chegam e partem de nossas vidas, e que isto não é motivo para desespero, outras de igual ou maior importância virão, sim,  por incrível que pareça outras melhores virão,  aceitar principalmente que as pessoas tem o direito de nos amarem e  de também  deixar de nos amar, sem que isto transforme-se  em  uma afronta ao nosso orgulho e a nossa vaidade, perceber que o mundo ao contrário do que pensávamos não deixou  de existir em toda sua plenitude porque fracassamos em uma empreitada, pois as chances, mesmo que nunca voltem a se repetir devido aos contextos próprios em que ocorrem,  serão renovadas e acontecerão em levas sucessivas, sempre renovando-se a cada oportunidade, mas aí vai um bom conselho, tente acertar de primeira se for possível, te poupará de muita angústia, espera e consequentemente de muito sofrimento.
Gentileza é a chave mestra que abre todas as portas.  Disse Memei, que ela é o primeiro degrau do paraíso. E com muita sabedoria falou o profeta que leva seu nome, que: - Gentileza gera gentileza.
Tentem manter a alma leve, nunca digam: - Vá para o inferno! Nem que no começo você diga assim: - Vá com Deus! Pelo menos até a metade do caminho, depois o diabo que te carregue. Rsrsrsrrs, claro que estou brincando, mas a gentileza é um hábito e como tal precisa ser desenvolvido e praticado com afinco, tem um pouco de renúncia e muito de generosidade.
Só assim a passagem dos anos serão  prazerosos, aí então, mesmo que você encontre amanhã aquele que  você pensa que te ultrajou, aquele de quem você se ache credor, e ninguém deve nada a ninguém, pois fazemos o que queremos e o que estamos aptos a fazer, não nos cabendo quaisquer cobranças, ou aquele que você julga ter te abandonado, você possa dizer com toda sinceridade: - Vai com Deus meu irmão ou minha irmã,  e que Ele te proteja durante todo seu percurso.  Eu ontem consegui realizar esta proeza e estou em paz comigo mesmo.
Olhando para trás, percebo que tudo, mas tudo mesmo,  de fato passa, tudo é passageiro, claro que existe o trocador e o motorista, mas sem brincadeiras, quando me diziam há um ano atrás que tudo passaria, eu tinha vontade de voar no pescoço de quem estava falando e torcê-lo, foi aí que mudei os meus pedidos de força por sabedoria. Entenderam? 
TUDO PASSA. Foi apenas esta singela frase que me fez pensar e ter vontade de compartilhar mais uma vez estes meus pensamentos imperfeitos.
Um grande abraço a todos vocês, e possa nosso Pai de infinita sabedoria, justiça e bondade, protegê-los durante toda sua caminhada. Fiquem com Deus.
 Ricardo M

terça-feira, 28 de junho de 2011

FURACÃO TEM NOME DE MULHER


Um indivíduo vinha caminhando pela praia e se defronta com uma lâmpada mágica, aí vocês já sabem, ele esfrega a lâmpada e dentro sai um gênio.
Muito bem, vai ele logo dizendo, eu sou um gênio especial, eu realizo apenas um desejo. O sujeito pensa alguns segundos e fala ao gênio: Seu gênio o negócio é o seguinte, eu sou louco para conhecer a África, mas eu morro de medo de andar de avião e do mar então nem se fala, nem por reza brava eu entro dentro de um navio, portanto o que eu quero é que você construa uma ponte que vá do Brasil a África, pois assim eu posso ir de carro, o gênio da aquela olhada para o camarada e fala: Poxa cara, você tem idéia do que você esta me pedindo?  Pense bem na quantidade de concreto que vai ser necessário para construir os pilares, da profundidade do mar em certas regiões, depois asfaltar tudo isto, iluminar, demarcar a estrada etc, etc, muda seu pedido aí pô.  
O camarada pondera, entende a dificuldade do seu pedido, mesmo para um gênio, pensa um pouco mais, dá um sorriso e faz seu novo pedido: Seu gênio, tudo bem, vou mudar o meu pedido, eu quero entender as mulheres, eu quero ser o melhor amigo delas, quero compreender a forma que elas sentem, quero enxergar através dos olhos delas, quero poder entender as mudanças de humor, quero estar apto a atender os seus menores desejos, e... CHEGA! Brada o gênio. Me diz aí. Como que você quer esta maldita desta ponte, com duas pistas ou com quatro? Que saco pô!  (Que os panos do pudor caiam sobre esta cena).
É isto aí amigos e amigas, quem há de entender a alma feminina?  As mulheres vivem em um mundo paralelo, em uma dimensão diferente, nem mesmo Freud, O Pai da Psicanálise, conseguiu levantar o véu que encobre o maior desafio de todos.  What does a womam want?  O que quer uma mulher? Isto ele disse depois de trinta anos de pesquisa e estudos sobre a alma feminina, portanto quem somos nós, simples mortais para encontrar a resposta para tal questionamento, é mais fácil ganhar na loteria, muito mais.
Agora sem brincadeira, depois de muita conjectura, quero deixar aqui, minha ínfima contribuição para os anais da perplexidade masculina diante de tão singela questão.
Não é por nada que os furacões, talvez a força mais destrutiva da natureza, são batizados com nome de mulher, imaginem o William Bonner noticiando assim no Jornal Nacional: - Aproxima-se da costa da Flórida o furacão Manoel, tudo bem eu apelei, vamos tentar de novo. Aproxima-se da Flórida o furacão Ricardo. O que você pensa? Ah! Isto no máximo é um pé de vento, e olhe lá, não assusta ninguém.  Agora vamos mudar o enfoque...  Fátima Bernardes olha para a câmera com aquele olhar de notícia de catástrofe e solta o verbo: - Aproxima-se da costa da Flórida o furacão Cibele, Vitória, Cíntia, Andréia, pode escolher o nome.  Só de imaginar já dá um arrepio no corpo, fala que não dá, todo mundo se encolhe, é um corre corre só.  Aí eu pergunto: Por quê? E eu mesmo respondo. Porque as mulheres são forças telúricas, são fenômenos naturais, não confundir com desastres naturais, por favor, são assim como os Orixás da Umbanda, forças da natureza, Orixás honorários, por assim dizer.
O fato é que para nós simples mortais do gênero masculino, torna-se extremamente difícil digerir a maior das verdades em relação ao mundo feminino, é uma verdade simples e irretocável. Qual é esta verdade? Escuto os brados masculinos, é simples assim, o universo feminino é muito mais rico intenso e complexo do que o nosso.
Querem uma prova do que digo?  Respondam os homens. O que nos faz feliz? O jogo de futebol, a cerveja no barzinho, um bando de homens reunidos falando sobre mulheres no churrasco, sempre elas,  na maior parte contando vantagem, para variar, conteste quem tiver argumento contrário, veja bem não estou generalizando não, tem no mínimo 5% dos homens que devem estar fora desta regra, 10% é o meu teto limite. Agora tente fazer uma mulher feliz com tão pouco, não é a toa que, a maioria delas não entende a tal da regra do impedimento no futebol, mas também, que regra mais imbecíl. Concordam?
Vamos olhar por outro prisma. Para quem os homens se vestem?  Para as... MULHERES. Agora para quem as mulheres se vestem? Para as... OUTRAS MULHERES.
 Vejam se vocês conseguem entender a profundidade deste argumento, haja complexidade, só isto já daria subsídio para se escrever milhares de teses de doutorado.
O ser humano é multifacetado, mas as mulheres possuem ângulos e arestas insondáveis e insuspeitos, vai daí que, revestidas desta total complexidade, requerem dos homens uma intensa  dedicação na tarefa de descodificar este enigma, requerem atenção total.
 Em um mundo de tanta superficialidade, elas exigem e não aceitam nada menos que, PROFUNDIDADE, requerem comprometimento, intensidade de afeto, atenção, carinho, disponibilidade, masculinidade então, e hoje isto é artigo que está raro, no melhor sentido da palavra, é meninos,  ser homem de verdade não é nada fácil, deixei para o final o quesito máximo, o mais imponderável, o de mais alta demanda na lista de requisições femininas, FIDELIDADE.
A superficialidade masculina vai ter que dar um passo enorme para evoluir até este patamar de requisições, algumas mulheres estupidamente tomam o caminho contrário, de tanto desmando masculino, algumas mulheres pensando fazer algo de produtivo, tentam rebaixar-se, notem que eu não falei igualar-se, repetindo, tentam rebaixar-se, reproduzindo o comportamento masculino no que ele tem de mais ignóbil e condenável. Aqui eu lanço meu apelo, não o façam, por favor, vocês são a nossa única esperança de evolução, são por vocês que tentamos desesperadamente sermos melhores, falhamos demais neste intento, mas enquanto vocês mantiverem sua posição de destaque, enquanto vocês não sucumbirem à tentação da superficialidade masculina, nós teremos no que mirar em nossa trajetória para o auto, sem demagogia, nada poderia ser mais enfático na confirmação do que aqui falo, do que a simples constatação da seguinte questão, se vocês não fossem o que há de melhor, seriamos nós os homens os responsáveis pela gestação de uma nova vida, pode parecer batido, mas só isto, torno a dizer sem a mínima demagogia, já deveria há muito tempo ter servido para os homens saberem o que de fato é importante, e há muito tempo atrás já teríamos encontrado resposta para a questão que por um longo tempo ainda, infelizmente, ficará por ser respondida. Como entender o universo feminino?
Escrevi este artigo para que ele pudesse ser um pedido de desculpas bem humorado, mas verdadeiro,  a todas as mulheres que eu não soube compreender, a todas que eu não soube valorizar devidamente, a todas que eu decepcionei com minha superficialidade, é um pedido público para que elas possam entender as minhas limitações, que elas possam me perdoar pelo sentimento de dor pelo qual eu possa ter sido responsável, e se alguma coisa posso e ouso dizer em meu favor para que elas possam entender e se possível for, exercer esta extrema qualidade feminina, que é o exercício do perdão, pois elas aprendem cedo a reconhecer nossa fragilidade, e na sua infinita inteligência deixam-nos dizer que elas são o sexo frágil, se algo posso dizer que possa atenuar minha culpa, direi somente isto. Desculpem-me, sou um simples homem.
Que Deus proteja todas as mulheres, principalmente da superficialidade masculina.
Um grande abraço a todos. Fiquem com Deus.
Ricardo M

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Sonho Que Sonhamos Sozinho



Olá amigos

Quem escreve seja lá o que for, pode ser um texto despretensioso como este, uma crônica, uma poesia, e por aí vai, sempre parte do princípio da observação de um fato qualquer, a inspiração ou o desejo de se falar ou neste caso,  de escrever sobre determinada temática, sempre surge, no meu caso específico, de algo que leio, algo que me dizem e que para mim faça sentido ou como na maior parte dos casos de uma experiência que esteja sendo vivenciada naquele exato momento, vide os textos anteriores, alguns carregados de uma força tal, que por incrível que pareça, chegam a me emocionar, é até estranho emocionar-se com algo que você próprio tenha escrito, se bem que, sem emoção, nada se concretiza, em outros textos contudo, noto uma carga tão grande de amargura, desilusão, pessimismo, outras fácies da emoção, que inúmeras vezes me senti tentado a retirá-los do blog, pois a última coisa que pretendo na vida é ser um elemento indutor de negatividade para quem quer que seja, mas sempre que assim penso, recordo do motivo principal de ter me arriscado a colocar estes pensamentos imperfeitos onde qualquer um pode a eles terem acesso, EU MESMO, pois quando releio o que escrevo posso analisar o contexto de tudo o que aconteceu, e como aquilo  foi por mim percebido  naquele momento específico, para que eu escrevesse tais coisas, e no decorrer desta auto análise, avaliar perante novas luzes, dadas por esta entidade que denominamos tempo, a validade do que ali esta escrito, aliás, validade não seria o termo mais apropriado, pois tudo o que é feito com sinceridade de propósito, tudo o que vem do fundo da alma sempre tem validade,  portanto troco a palavra validade por outra mais apropriada ao meu ver, VERACIDADE, pois nem sempre o que sentimos em um primeiro momento, apesar de ser  sempre válido, quer dizer que seja verdadeiro.
Vejam bem, tudo isto acima me ocorreu devido ao que me disse ontem minha amiga Marcelle, durante uma conversa em um barzinho, ela me falando a respeito de um relacionamento desfeito, me disse uma coisa surpreendente, falou-me assim:  Eu sonhei com uma coisa, mas foi um sonho que sonhei sozinha...
Quando ela me disse isto,  eu de imediato falei com ela que iria escrever sobre o que ela me havia falado, pois aquilo me tocou de uma maneira especial.
Um Sonho Que Sonhei  Sozinha, quanta intensidade d alma em uma sentença tão singela, pena que o único defeito da palavra escrita seja a ausência da inflexão a elas dada por quem as pronunciou, a lacuna da emoção nelas impregnada, emoção esta que determinadas pessoas conseguem colocar no que falam e no processo nos transmiti-la, muitas vezes com palavras mínimas, aparentemente comuns, mas que faladas com o sentimento que as originou, transformam-se em verdadeiras pedras preciosas, pelo que nos proporcionam de elemento de reflexão. Quem nunca passou por esta experiência, Sonhar sozinho? Talvez seja um destes inúmeros denominadores  comum que nos unem em um mesmo grupo. Quem nunca sofreu uma desilusão? Quem nunca amou sem ser amado? Quem nunca se enganou e por sua vez não enganou alguém?  Tem uma música de Ray Charles que se chama YOU  DON`T  KNOW  ME, que usei como fundo musical do vídeo da minha poesia TEMPO, que está neste blog, que ilustra muito bem a questão de sonhar sozinho, e para usar uma música da nossa grande MPB, a maior de todas, à meu ver, vou citar Chico Buarque, em Retrato em Branco e Preto, um clássico para quem sonha sozinho.
Por certo existem sonhos que apenas podemos sonhar sozinhos, são inúmeros, são experiências de cunho individual, extremamente pessoais, e muito claramente relacionados as conquistas de fundo material, mas claro está, que  não são a estes que aqui me refiro, falo dos ¨ Sonhos ¨, de nossas projeções, de nossas expectativas em relação aos outros, é daí que surge uma enorme fonte de decepções, angústias, processos emocionais conturbados, enfim uma fonte inesgotável de sofrimentos. E porque isto ocorre? Eu mesmo respondo, se me permitem expor minha opinião, aliás, é para isto mesmo que escrevo este blog, expor minhas opiniões. Dando seguimento... E porque isto ocorre?  Ocorre porque  inadvertidamente, abrimos mão de nossa responsabilidade para com nós mesmos, e de uma forma extremamente estúpida, diria melhor ainda, IRRACIONAL, colocamos uma coisa que é só da nossa conta realizar,  na mão dos outros. Sobre o que estou falando? Se ainda não perceberam estou falando da nossa eterna procura pela felicidade.
Ficamos infelizes, por não vermos nossas expectativas em relação aos outros plenamente realizadas, as pessoas não são e nunca serão o que queremos que elas sejam, elas são o que são, e pronto, não há nada que possamos fazer para MUDÁ-LAS, com exceção de uma pequena coisa, ACEITÁ-LAS integralmente, e através de nosso próprio exemplo de vida, de nossa própria transformação moral, servir de exemplo para que elas próprias se sintam estimuladas e acima de tudo queiram realizar a sua própria transformação. Ninguém muda quem quer que seja, ninguém tem este poder, apenas podemos e devemos lutar por nossa própria transformação. Ado , ado,  cada um no seu quadrado
Portanto, chego a espantosa conclusão que, por mais que queiramos inserir outros no contexto dos nossos sonhos, os sonhos são particulares, em alguns deles nossas auras se tocam momentaneamente, em alguns raros casos, os objetivos em comum que confundimos com sonhos, caminham lado a lado, mas ao final a nossa imperfeição moral atual, refletida na nossa individualidade, cobra seu tributo, não estamos aptos a abrir mão dos nossos próprios sonhos para viver o sonho do outro, e nem mesmo sei se isto seria muito viável ou mesmo saudável.
Façam uma reflexão séria e me digam. Quem está disposto a abandonar seus próprios sonhos para tentar realizar os sonhos do outro? Abnegação, negar o próprio eu,  é uma virtude angélica, extremamente rara, mas existente, não é utópica.  
Assim sendo como querer não compreender a individualidade do outro. CONVIVER,  ( viver com ), aí está o conflito que só através de muito esforço de aprendizado, de concessão, enfim do exercício pleno deste sentimento, por nós ainda desconhecido na sua infinita amplitude, que denominamos AMOR, conseguiremos por a termo. Contudo meus amigos, por convicção íntima, sou  forçado a acreditar que entre nós já existem aqueles que conseguem sonhar juntos, nem que seja a tal da exceção para confirmar a regra, alguns evoluem mais rápido do que os outros, criam uma sintonia de sentimentos que os sonhos de cada um seguem uníssonos, paralelos, tornam-se um sonho só, contudo esta realidade é para poucos que entendem plenamente a finalidade da vida, qual seja, EVOLUIR.
A grande notícia é que todos nós, inexoravelmente, caminhamos através do tempo, em direção a iluminação plena, ou seja, em direção a felicidade verdadeira, e que nesta infinita caminhada, nossos pés já percorreram uma pequena parte da jornada, e como sabiamente dizem, por maior que seja a jornada, ela sempre começa com um pequeno passo.
CONHECEREIS A VERDADE E ELA VOS LIBERTARÁ
Boa caminhada para todos nós. Bons sonhos a todos.
Um grande abraço. Fiquem com Deus, que Ele nos proteja a todos durante o trajeto.
Ricardo M

quinta-feira, 21 de abril de 2011

SOLIDÃO


Olá amigos.

Solidão, sentimento de vazio interior, insatisfação com a própria companhia, no exato momento em que escrevo estas palavras, me atravessa o pensamento os versos da música de Djavan que dizem assim: Nem que eu bebesse o mar, enxeria o que eu tenho de fundo. A Teoria Musical é infalível, neste caso então,  é exemplar.Já me senti solitário em vários momentos  desta minha caminhada, a introspecção que me foi exigida recentemente, esta tão propalada viagem ao interior de si mesmo, que todos sabem ser tão necessária, e ao mesmo tempo é tão temida e portanto evitada a todo custo, vem cobrando seus tributos, e constatei que meus impostos devidos são de valor muito alto e o coletor destes impostos é inflexível, e é de todos nós bem conhecido, atende pelo nome de CONSCIÊNCIA. O exame de consciência, reflexão íntima, requer muito de nossas limitações, é necessário ser verdadeiro consigo mesmo, mentimos tanto para nós mesmos, que acabamos por fingir acreditar na falsa imagem por nós próprios criada, a qual pretendemos seja verdadeira, mas nada mais é que um frágil avatar que não resiste ao olhar mais minucioso.Exige que deixemos nosso orgulho de lado e que olhemos com olhar crítico o cenário que se descortina na parte interna desta janela, olha se da paisagem para o interior do veículo, ou melhor dizendo ainda, olha-se não o veículo, mas o real condutor, o motorista, se posso abusar um pouco mais da metáfora. A Lei da Destruição é extremamente mal compreendida pela quase totalidade das pessoas, contudo pergunto:  Como refazer, reformar, melhorar, ampliar qualquer construção ou obra que seja, sem que para isto não seja compulsoriamente necessário, em muitos casos colocar a edificação anterior totalmente no chão? Em alguns casos, a derrubada de algumas paredes, uma simples troca de telhas, uma reposição de pisos soltos, a troca da parte elétrica ou hidráulica dá conta do recado, mas mesmo aí, o barulho das marretas, o pó dos escombros, e a retirada dos conseqüentes entulhos se faz premente, quem já construiu ou reformou alguma vez na vida,  entende perfeitamente a analogia.Minha inteligência é privilegiada, melhor dizendo, meu conhecimento é privilegiado, construído através de uma incurável curiosidade amparada pelo delicioso hábito no meu caso, compulsivo, da leitura indistinta de tudo o que me cai à mão, troquei o vocábulo, pois conhecimento quando usado sem o balizamento da inteligência, só serve de agravante da pena, já o conhecimento usado com inteligência transforma-se em sabedoria.Nosso mundo interior, a imagem e semelhança do mundo exterior, não fracassam pela falta de informação, de conhecimento, a intelectualidade humana, realizou prodígios de evolução, realizando em poucos anos uma revolução assombrosa do nosso conhecimento científico, a falha geológica causadora de tantos movimentos sísmicos na nossa crosta emocional, a grande lacuna, reside no nosso lamentável desenvolvimento moral. A disparidade de nível entre nosso conhecimento e a nossa moralidade, é ainda insondável, abissal, vivemos conectados a tudo e a todos, mas de uma forma ainda muito virtual, ( conectados de forma desconexa ), não resisti ao jogo de palavras, destituída de valores mais sólidos, é tudo muito imediato e descartável, conduzido a uma velocidade tal, que nos impede de fazer uma reflexão mais acurada do que fazemos com nossas vidas, e no processo contaminamos nosso convívio diário, familiar, afetivo, emocional, robotizamos nossas emoções na ânsia espúria de desfrutar inconseqüentemente de tudo e de todos que atravessem nosso caminho, como se para tudo não existisse  conseqüência, sendo talvez o ápice desta caminhada insana, perceber que no final estamos sozinhos, melhor dizendo, estamos solitários, pois  acredito plenamente que ninguém está sozinho. Lembrei-me de um trecho final  de um samba que diz assim: Hoje diante do espelho, eu vi meus olhos vermelhos. Percebi que a vida que eu vivi foi ilusão. Agradeço por tudo o que venho passando, para dizer a verdade em momentos mais críticos, não agradeci muito não, rsrs, porém assim que o meu pouco bom senso retorna, entendo novamente a veracidade de que ninguém carrega cruz maior que as próprias costas, e que ninguém é responsável, a não ser eu mesmo pelo peso inerente a ela. Lei de Causa e Efeito, contraponto a total liberdade que o Criador nos concedeu ao nos dar nosso Livre Arbítrio. O plantio, a semeadura é totalmente opcional, nossa vontade é soberana, contudo a colheita por seu lado é impositiva obrigatória. Não existe tempestade para quem não semeou o vento. Só por escrever tudo isto, o vazio já se faz menor, talvez eu tenha que desconsiderar meu amigo Djavan, não vai ser necessário beber o mar, quem sabe só em admirar sua grandeza, e por conseqüência deste olhar mais espiritualizado através dele ter um pequeno vislumbre do Autor,  assim procedendo eu possa me entender e me ver como parte atuante e extremamente privilegiada desta criação magnífica, onde ninguém está de fato sozinho, estou em boa companhia, que Ela permaneça comigo, hoje, agora e sempre. Que assim seja. Um grande abraço a todos. Fiquem com Deus.
Ricardo M.

terça-feira, 29 de março de 2011

LETRA DE SAMBA

                                         DISSIMULAÇÃO




Quem dizia me amar, ser eu toda sua vida.
Abriu min alma em feridas, que se recusam a curar.
Na tortura do silêncio palavras não foram ditas.
Não imaginava a inveja, que estava a despertar.
Tudo isto reunido causou a minha desdita.
Te levando a me deixar.

Quem dizia me amar, me vira às costas hoje em dia.
Com a atitude vazia de quem finge não me ver.
Querendo que eu acredite que esqueceu as madrugadas.
Que passou junto aos meus braços.
Até que advindo o cansaço, dormíamos depois do amor.
E que nas noites mais frias era bem junto ao meu peito.
Que com todos meus defeitos você encontrava calor.

Ciúme, insegurança, mulher na alma, coração de criança.
Com muito ainda a viver.
Eu já vivido, um menino, pensava saber de tudo.
No entanto fiquei mudo, sem saber o que fazer.
No amor tudo se iguala, professor e mestre sala.
Todos tem de aprender.

Viver se aprende vivendo, como amar se aprende amando.
Às vezes sorrindo em outras chorando.
Não dá pra sempre vencer.
Mas de uma coisa estou certo
Viver sem amar é deserto.
Não vale a pena tentar,

A vida fica vazia, carente de alegria.
As lágrimas caem dos olhos, lavando a mágoa e a agonia.
Coração só sobrevive quando tem a quem amar.
E é este sentimento que procuramos na vida
Que traduz toda emoção.
Na esperança que um dia o amor e a harmonia.
Procurem fazer moradia em nosso coração.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

WHY DON´T YOU CHANGE?

Olá amigos.

Ontem assisti a uma palestra de um amigo, seu nome é Sinésio, onde ele iniciou sua dissertação com este questionamento, e foi em inglês mesmo a pergunta, que logo após foi traduzida em benefício daqueles que desconhecem o idioma. Título da palestra: A Raiz Do Nosso Sofrimento. Durante uma hora fomos levados de forma brilhante pelo palestrante a questionar nossa forma de encarar nossas vidas, veio em uma hora extremamente oportuna para mim, me fez refletir  sobre muita coisa que ocorre a todos nós, e que na maioria das vezes passa batido na correria do dia a dia, na luta insana de matar um leão por dia.
Porque apesar de todo sofrimento, todos nossos atos impensados, todos nossos erros, todas nossas angústias, somos impermeáveis à necessidade de mudança?
PORQUE NÃO MUDAMOS?
A raiz de nosso sofrimento está  na nossa maneira de nos relacionar com o tempo, esta entidade amorfa e indefinida. Penso logo existo ou penso e logo desisto. Em que fase do tempo situa-se meu pensamento? No ontem com suas mazelas, suas mágoas, suas alegrias, suas saudades, seus arrependimentos, seus acertos, seus desconsertos? No amanhã com suas incertezas, suas preocupações, suas indefinições, suas perspectivas, suas promessas? Ou no hoje, no momento presente, no agora? Façam este questionamento de forma corajosa e verdadeira e não se espantem com o resultado,
Tudo começa pelo pensamento, somos o que pensamos, com nossos pensamentos construímos nosso mundo. Buda já ensinava esta máxima, o maior dos mestres deixou também seu ensinamento: A cada dia o mal que ele já comporta em si mesmo.
"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham, nem fiam. Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles" (Mateus 6:28-29).
Devo confessar envergonhado que durante muitos anos pensei ser este um texto de Érico Veríssimo, santa ignorância, só rindo.
A raiz de nosso sofrimento é o desconhecimento que só podemos ser felizes no momento presente, no agora. Existe uma máxima budista que diz que existem dois dias sobre os quais não devemos nos preocupar. O Ontem e o Amanhã. O ontem, também conhecido por PASSADO, significando o que já passou, já foi vivido, e o amanhã, também conhecido por FUTURO, o que pode ou não vir a ser vivenciado, portanto entre o que já está definido e a indefinição situa-se o AGORA o momento presente, nosso tempo real, nosso tempo de sermos felizes. Fácil não é? Até parece. Na incompreensão desta verdade reside toda fonte de nosso sofrimento, alguns vivem em um passado de mágoas, a traição do ser amado, a revolta com o ausente, a chance perdida que não retornou, o amor que não pode ser vivenciado, o gosto nunca mais esquecido e jamais experimentado novamente, aquela memória olfativa que nunca mais é experimentada de novo ou ainda aquela felicidade de um tempo onde tudo era diferente: No MEU TEMPO as coisas eram muito melhores. Estamos sempre escutando estas afirmações, até mesmo as imagens evocativas de momentos felizes não nos levam a gratidão por havê-las vivenciado, mas sim a revolta por haverem ficado no PASSADO que julgamos haver sido muito melhor do que o nosso momento atual, em outras palavras nosso PRESENTE. Já pensaram que nome mais adequado, presente.
Por outro lado encontramos aqueles que por medo de viverem o momento presente com seus desafios, preferem se tele transportarem para o futuro, viver em projeção. Se eu ganhar na loteria... Quem nunca fez estas projeções? Não é que seja nada fora do normal, simplesmente tem o condão de tirar nossa consciência do momento presente, o único  no qual nós temos o poder de atuar e sobretudo  transformar.
Vale ressaltar ainda, aqueles que vivem no futuro através das PRÉ OCUPAÇÕES ou preocupações como são mais conhecidas.
A melhor definição de preocupação que já encontrei é uma que diz assim: Preocupação, ensaio prévio das coisas que PODEM vir a dar errado. Algum de vocês já se preocupou com o que pode dar certo? Creio eu que nunca, é difícil imaginar assim: Meu Deus, amanhã eu vou chegar no banco e este cheque vai ter fundo, que problema. Impossível, não acham? Sempre ocorre o contrário. Nossa amanhã tenho que ir ao banco, vai ter aquela fila imensa, vou perder um tempo danado, e se bobear este cheque ainda não vai ter fundo para completar, aí chega-se no banco não tem fila você é atendido rápido e o danado do cheque TEM FUNDO, sofreu por antecipação, especialidade da casa.
E assim entre o que já foi vivenciado com todas as suas mazelas e suas saudades e o que está por vir, com todas as suas indefinições e promessas, esquecemos de viver e principalmente agradecer pelo momento presente.
Só posso ser feliz agora, o que passou serve de experiência para uma nova tomada consciente de decisões, mais maduras e objetivas. A minha crença me diz que os erros devem ser reparados, mas isto não nos obriga fatalmente ao sofrimento. Reconhecimento de nossas falhas é um processo inexorável rumo ao nosso aperfeiçoamento moral, o reparo dos danos é imperioso para retomada de um caminho mais brando e plenamente feliz. Somos todos nós herdeiros de nossos próprios atos, a ninguém deve ser imputada a culpa de nossos insucessos, não gosto da palavra fracasso.
Estamos todos em processo de aprendizado constante, pena que resistentes às sugestões da amizade, da caridade, da paciência, da benevolência, do perdão, enfim do amor  verdadeiro, sejamos compelidos através da dor e do sofrimento a parar e pensar sobre nossas trajetórias, sobre o rumo que damos as nossas existências. Plantamos o que achamos por bem semear, portanto é ilógico que reclamemos da colheita muitas vezes árida que temos pela frente. Achamos-nos injustiçados, castigo é uma palavra recorrente no nosso vocabulário, assim como uma outra ainda mais cruel para nós mesmos, REVOLTA.
Quando entendermos de fato que vivemos o momento presente e que nele é de fato a hora para sermos felizes, aí sim nossas vidas sofrerão uma transformação inacreditável, se tomarmos as melhores decisões não só para nós, mas também para todos que nos cercam não teremos o que lamentar do passado e nem com o que nos preocupar em relação ao futuro. Como se faz isto? Simples. PULEM A CERCA. Não é isto que vocês estão pensando, trazemos todos nós a medida exata para lidarmos com qualquer situação e qualquer questionamento. Fazer ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse. Fácil? Deveria ser, não é? No entanto, já se passaram dois milênios deste ensinamento, e apesar da assombrosa evolução intelectual da humanidade ainda engatinhamos nos domínios do EGO este monstro multiforme que teima em nos manter presos ao pó quando nosso destino é a imensidão do cosmo.
Que todos possamos viver o momento presente e aproveitar a vida em plenitude com alegria advinda do senso do dever cumprido.
Um grande abraço a todos. Fiquem com Deus.  

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

RESISTIR OU DESISTIR

Olá amigos.

Esta reflexão me ocorreu depois de escutar a leitura de uma mensagem extremamente bem escrita sobre o tema Resistir Sempre, sempre que escuto algo que toca meu íntimo passo por este processo de ficar remoendo o que foi ouvido pensando e avaliando a verdade que está contida em certas mensagens, muitas vezes depois das palestras que faço sempre aparece alguém para  me falar assim:  Esta palestra hoje foi para mim. Ou ainda desta forma:  Voce falou tudo o que eu estava precisando ouvir. Ao o que eu sempre retruco com estas mesmas palavras: Você esta enganado eu falei para mim mesmo. Ou na segunda afirmativa: Quem precisa de ouvir tudo o que eu próprio falei sou eu mesmo em primeiro lugar. Sem a mínima demagogia.
O fato é que me deu esta vontade de colocar estes pensamentos imperfeitos neste espaço, que torna-se cada dia mais, uma espécie de terapia, onde posso exteriorizar o que  me vai pela alma.
Como é fácil desistir e em contra partida como é difícil resistir, dar continuidade, persiguir metas. Desistimos com muita facilidade de nossos sonhos, de nossos planos, desistimos de quem dizemos amar no primeiro problema que afete nosso orgulho e nossa vaidade,  na primeira dificuldade abrimos mão do que pensamos querer um dia, aliás no mínimo empencilho viramos nossas costas ao objetivo pretendido.
Persistência não é uma qualidade muito difundida entre nós, abandonamos o curso que mal começamos, desistimos de realizar aquele concurso porque muita gente também vai disputá-lo, a dieta da segunda feira então, esta já é clássica, temos todos grandes ambições de realizações, porém pouquíssima intenção real de converter nossos sonhos em realidade, daí me vem o questionamento. Porque desistimos tanto do que supomos querer? Talvez na própria pergunta já esteja imbutida a resposta. Supomos querer, não queremos de fato, pensem na verdade desta afirmação. Querer é poder, dentro das limitações normais que todo desejo comporta, daí ocorre o nosso primeiro erro, querer o que está além de nossa possibilidade alcançar ou realizar, pois as vezes até alcançamos o que pretendemos mas não conseguimos dar conta da responsabilidade do desejo realizado. Exemplo? Quantos não ambicionam um cargo de chefia e ao alcançá-lo se veem sem a competência requerida para exercer a função de liderança,  portanto a primeira providência  a ser tomada é a fixação de meta ou objetivo exequível, que possa ser realizado .
Meta fixada segue a jornada em direção ao passo seguinte, estamos falando do planejamento ou estudo de como atingir o objetivo almejado, lá vem mais encrenca, planejamento e estudo requerem tempo e compromisso, em outras palavras exige responsabilidade, é aí que a porca torce o rabo, em sua grande maior parte as pessoas execram o estudo e ainda mais este palavrão chamado RESPONSABILIDADE, na hipótese de atingirmos o terceiro estágio do processo seremos confrontados com a necessidade de envidar-mos todo esforço ou em outra palavra, trabalharmos seriamente para atingirmos o que queremos, nota-se portanto que requer-se de todos nós acima de tudo, muita persistência ou paciência, virtude rara na espécie humana, ou acontece na hora que queremos ou realmente desistimos, deixamos prá lá. Dane-se.
Na hipótese muito improvável de ainda estarmos a caminho do nosso objetivo, a cereja do bolo tem por nome uma palavrinha extremamente complexa de ser plenamente vivenciada, CONFIANÇA ou para ser mais enfático ainda vou trocar a palavra por sua versão mais radical, para realizar tudo o que descrevi acima, fixar META, PLANEJAR, TRABALHAR, PERSISTIR e acima de tudo VENCER é necessário muita FÉ. Fé em nossa destinação a felicidade, fé em nossa capacidade de realização, fé em todo nosso potencial, mas acima de tudo muita fé neste Pai de extrema justiça e bondade que tem por norma de conduta um amor imenso por seus filhos nunca desviando-se de uma palavrinha chamada MERITOCRACIA, temos  todos nós o que fazemos por merecer, portanto façámos nossa parte com todo empenho do nosso coração, assim fazendo  seremos sempre recepcionados na linha de chegada com os louros de uma conciência em paz do dever plenamente cumprido. Isto tudo é só para dizer que não posso e não vou desistir, fique ciente. Que assim seja.
Um grande abraço a todos e que Deus os proteja.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AUTO CONHECIMENTO

Olá amigos.


Mais um ano inicía-se trazendo com ele perspectivas, ansiedades e surpresas, que ele possa vir repleto de desafios com suas consequentes soluções. Aprendi a não pedir o inevitável, problemas são o combustível de nossa evolução, portanto a cada dia mais, eu peço discernimento, paciência, simplicidade e transformação interior.
O ano que se findou deixará em minha alma marcas profundas,  talvez nunca antes em toda minha trajetória de vida tenham ocorrido tantas mudanças na minha percepção do que eu quero realmente para minha vida, quem eu quero  realmente ser e quem de fato eu sou. Pode parecer bobagem, mas nunca a vida havia requerido de mim tamanha introspecção, como nada disto ocorre sem uma boa dose de sofrimento no meu caso não poderia ser diferente, passei pelo inexorável processo que percorre da revolta ao esforço da compreensão do que está ocorrendo ou ao menos a tentativa de aceitação dos fatos para a partir de sua aceitação retirar as lições que eles comportam. A dor, esta mestra severa com sua didática de lágrimas nunca é a princípio bem aceita, é aquela velha história da semeadura e da colheita, o plantio é sempre opcional assim como a colheita faz-se impositiva, colhemos o que plantamos, mesmo que a princípio não tenhamos condições de entender a justiça dos fatos.
Para ser o mais sincero possível, tenho muito que agradecer  a tudo o que vem me ocorrendo nos últimos meses, se assim não tivesse ocorrido tenho absoluta certeza que não teria tomado tantas decisões  fundamentalmente importantes que vinha protelando durante um tempo demasiado longo, por total falta de forças para enfrentar as consequências de muitos atos passados.
Por fim me vi confrontado com minha própria imagem refletida neste espelho implacável que chama-se exame de consciência, não é nada fácil enfrentar o que de fato somos, requer uma dose enorme de coragem é uma decisão solitária e de um custo emocional enorme, mas que depois de realizada tem o dom de colocar  todas as coisas em um patamar nunca antes observado, o da realidade sem maquiagem do trajeto que escolhemos dar as nossas vidas e a partir desta constatação fazer as correções de curso que se fizerem necessárias. O que diga-se de passagem é uma parte extremamente difícil de ser realizada, descobrir quem somos de fato não implica necessariamente que estamos dispostos a mudar a realidade de nossa existência, pois como sempre digo em minhas palestras nunca fiz nada de errado que eu não soubesse ser errado fazer.
Sempre errei com conhecimento de causa e das consequências, portanto sempre errei triplamente qualificado. Que vergonha ter de admitir isto desta forma, mas o meu mal é um mal comum a todos, todos erram sabendo que assim o fazem, basta ser coerente para admitir.
Não faço promessas pois sei das minhas vulnerabilidades, firmei comigo mesmo um compromisso que espero ser inquebrantável de não abrir mão de mudar muita coisa que se faz necessária para minha paz interior, mudanças pessoais, profissionais, organizacionais enfim toda uma série de transformações, para  preservação da ,minha saúde material mas acima de tudo para benefício da minha saúde espiritual.
Peço a Deus muita convicção de propósito para que eu não desvie mais uma vez da meta traçada, sempre me percebi como uma pessoa extremamente privilegiada, tenho pais maravilhosos, uma família linda com todos os problemas de qualquer família, com suas eficiências e deficiências, ao contrário do que escrevi neste mesmo blog nos momentos de dor e revolta tenho inúmeros bons amigos que me ampararam nos momentos difíceis e me ajudaram a caminhar quando a vontade que eu tinha era de desistir, ficar parado.
Nunca me faltou afeto honesto e amparo sincero. Quantos podem dizer isto? Durante um tempo escolhi olhar o lado sombrio das coisas, agradeço muito a Deus pelos momentos difíceis, que a princípio, devido a minha pouca sabedoria d´alma, escollhi olhar pelo lado negativo, agradeço de todo meu coração, podem acreditar,  pelas lágrimas de desespero que foram minhas companhias durante os últimos quatro meses, sem elas eu ainda estaria em uma falsa zona de conforto sem a motivação necessária para fazer as mudanças estruturais que certamente tornarão minha vida mais completa e verdadeira.
Tenho aprendido com a dor a valorizar tudo de bom que sempre me foi disponibilizado, vou tentar não ser tão IMPULSIVO nos momentos que as coisas fugirem ao meu pouco entendimento, vou tentar pensar muito primeiro antes de dizer ou escrever coisas que possam magoar quem eu amo e que depois não entendemos porque procedemos daquela maneira, vou falar mais de amor com todos os que me cercam e tentar ardentemente vivenciar este amor nas mínimas coisas do meu dia a dia, vou sorrir ainda mais para todos indistintamente acreditando firmemente que quando sorrimos para vida a vida nos sorri de volta, vou tentar falar menos e ouvir mais, o fato de termos uma boca só e dois ouvidos já deveria ter me mostrado a importância de silenciar nos momentos certos e escutar a todos com mais atenção, deixarei a cada dia mais mudo o meu orgulho, farei tudo o que o meu coração me mandar fazer não importando o que quem quer que seja possa pensar, darei sempre o primeiro passo, mesmo que não seja bem recebido, e tentarei com toda força das minhas convicções religiosas não guardar mágoas de quem eu possa pensar ter me ofendido.
São metas ambiciosas, eu bem sei, mas não são inexequíveis, podem ser realizadas com o amparo da certeza da minha filiação divina. Como diz aquele adesivo de carro: Não sou o dono do mundo mas sou filho do dono. É, vai ser por aí, vou tentar ter a mais absoluta boa vontade comigo mesmo em primeiro lugar e depois com aqueles que fazem parte do meu cotidiano. Que venham os novos desafios, nunca estive tão motivado como agora para enfrentá-los de maneira franca e sem medo.
Se acalentava alguma dúvida de toda proteção do Alto, há três semanas atrás tive a mais espantosa experiência da minha vida, minha estrada de Damasco se posso assim dizer.
Agradeço a todos que compartilharam e compartilham suas trajetórias com a minha, que o ano que  inicia-se possa ser de muita paz, mas uma paz conseguida pela consciência justa, de realizações advindas do trabalho honesto e de muita felicidade quando ao final deste ano eu possa olhar tudo o que está contido nestas linhas e dizer em alto e bom som. Missão dada parceiro, missão cumprida.
Um grande abraço a todos e que Deus lhes proteja.