terça-feira, 11 de janeiro de 2011

AUTO CONHECIMENTO

Olá amigos.


Mais um ano inicía-se trazendo com ele perspectivas, ansiedades e surpresas, que ele possa vir repleto de desafios com suas consequentes soluções. Aprendi a não pedir o inevitável, problemas são o combustível de nossa evolução, portanto a cada dia mais, eu peço discernimento, paciência, simplicidade e transformação interior.
O ano que se findou deixará em minha alma marcas profundas,  talvez nunca antes em toda minha trajetória de vida tenham ocorrido tantas mudanças na minha percepção do que eu quero realmente para minha vida, quem eu quero  realmente ser e quem de fato eu sou. Pode parecer bobagem, mas nunca a vida havia requerido de mim tamanha introspecção, como nada disto ocorre sem uma boa dose de sofrimento no meu caso não poderia ser diferente, passei pelo inexorável processo que percorre da revolta ao esforço da compreensão do que está ocorrendo ou ao menos a tentativa de aceitação dos fatos para a partir de sua aceitação retirar as lições que eles comportam. A dor, esta mestra severa com sua didática de lágrimas nunca é a princípio bem aceita, é aquela velha história da semeadura e da colheita, o plantio é sempre opcional assim como a colheita faz-se impositiva, colhemos o que plantamos, mesmo que a princípio não tenhamos condições de entender a justiça dos fatos.
Para ser o mais sincero possível, tenho muito que agradecer  a tudo o que vem me ocorrendo nos últimos meses, se assim não tivesse ocorrido tenho absoluta certeza que não teria tomado tantas decisões  fundamentalmente importantes que vinha protelando durante um tempo demasiado longo, por total falta de forças para enfrentar as consequências de muitos atos passados.
Por fim me vi confrontado com minha própria imagem refletida neste espelho implacável que chama-se exame de consciência, não é nada fácil enfrentar o que de fato somos, requer uma dose enorme de coragem é uma decisão solitária e de um custo emocional enorme, mas que depois de realizada tem o dom de colocar  todas as coisas em um patamar nunca antes observado, o da realidade sem maquiagem do trajeto que escolhemos dar as nossas vidas e a partir desta constatação fazer as correções de curso que se fizerem necessárias. O que diga-se de passagem é uma parte extremamente difícil de ser realizada, descobrir quem somos de fato não implica necessariamente que estamos dispostos a mudar a realidade de nossa existência, pois como sempre digo em minhas palestras nunca fiz nada de errado que eu não soubesse ser errado fazer.
Sempre errei com conhecimento de causa e das consequências, portanto sempre errei triplamente qualificado. Que vergonha ter de admitir isto desta forma, mas o meu mal é um mal comum a todos, todos erram sabendo que assim o fazem, basta ser coerente para admitir.
Não faço promessas pois sei das minhas vulnerabilidades, firmei comigo mesmo um compromisso que espero ser inquebrantável de não abrir mão de mudar muita coisa que se faz necessária para minha paz interior, mudanças pessoais, profissionais, organizacionais enfim toda uma série de transformações, para  preservação da ,minha saúde material mas acima de tudo para benefício da minha saúde espiritual.
Peço a Deus muita convicção de propósito para que eu não desvie mais uma vez da meta traçada, sempre me percebi como uma pessoa extremamente privilegiada, tenho pais maravilhosos, uma família linda com todos os problemas de qualquer família, com suas eficiências e deficiências, ao contrário do que escrevi neste mesmo blog nos momentos de dor e revolta tenho inúmeros bons amigos que me ampararam nos momentos difíceis e me ajudaram a caminhar quando a vontade que eu tinha era de desistir, ficar parado.
Nunca me faltou afeto honesto e amparo sincero. Quantos podem dizer isto? Durante um tempo escolhi olhar o lado sombrio das coisas, agradeço muito a Deus pelos momentos difíceis, que a princípio, devido a minha pouca sabedoria d´alma, escollhi olhar pelo lado negativo, agradeço de todo meu coração, podem acreditar,  pelas lágrimas de desespero que foram minhas companhias durante os últimos quatro meses, sem elas eu ainda estaria em uma falsa zona de conforto sem a motivação necessária para fazer as mudanças estruturais que certamente tornarão minha vida mais completa e verdadeira.
Tenho aprendido com a dor a valorizar tudo de bom que sempre me foi disponibilizado, vou tentar não ser tão IMPULSIVO nos momentos que as coisas fugirem ao meu pouco entendimento, vou tentar pensar muito primeiro antes de dizer ou escrever coisas que possam magoar quem eu amo e que depois não entendemos porque procedemos daquela maneira, vou falar mais de amor com todos os que me cercam e tentar ardentemente vivenciar este amor nas mínimas coisas do meu dia a dia, vou sorrir ainda mais para todos indistintamente acreditando firmemente que quando sorrimos para vida a vida nos sorri de volta, vou tentar falar menos e ouvir mais, o fato de termos uma boca só e dois ouvidos já deveria ter me mostrado a importância de silenciar nos momentos certos e escutar a todos com mais atenção, deixarei a cada dia mais mudo o meu orgulho, farei tudo o que o meu coração me mandar fazer não importando o que quem quer que seja possa pensar, darei sempre o primeiro passo, mesmo que não seja bem recebido, e tentarei com toda força das minhas convicções religiosas não guardar mágoas de quem eu possa pensar ter me ofendido.
São metas ambiciosas, eu bem sei, mas não são inexequíveis, podem ser realizadas com o amparo da certeza da minha filiação divina. Como diz aquele adesivo de carro: Não sou o dono do mundo mas sou filho do dono. É, vai ser por aí, vou tentar ter a mais absoluta boa vontade comigo mesmo em primeiro lugar e depois com aqueles que fazem parte do meu cotidiano. Que venham os novos desafios, nunca estive tão motivado como agora para enfrentá-los de maneira franca e sem medo.
Se acalentava alguma dúvida de toda proteção do Alto, há três semanas atrás tive a mais espantosa experiência da minha vida, minha estrada de Damasco se posso assim dizer.
Agradeço a todos que compartilharam e compartilham suas trajetórias com a minha, que o ano que  inicia-se possa ser de muita paz, mas uma paz conseguida pela consciência justa, de realizações advindas do trabalho honesto e de muita felicidade quando ao final deste ano eu possa olhar tudo o que está contido nestas linhas e dizer em alto e bom som. Missão dada parceiro, missão cumprida.
Um grande abraço a todos e que Deus lhes proteja.

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