terça-feira, 15 de maio de 2012

INTELECTO e MORALIDADE


Olá amigos
Não tenho pretensão filosófica de vulto ou mesmo a mínima intenção de exibição de erudição, até mesmo por serem meus conhecimentos filosóficos e os de outra ordem, bastante empíricos e deficitários, não diria de forma alguma superficiais, pois aprendi que nada sei, já é alguma coisa, escrevo em primeiríssimo lugar para materializar meus pensamentos e meus sentimentos, que são o tema central deste artigo, aliás do blog inteiro,  e neste processo fazer uma reflexão íntima para que eu possa querer modificar o que venha perceber de inadequado, os insucessos são maiores do que as conquistas, mas não tenho alternativa, um dia os sucessos serão constantes, foi desta forma que aprendi e é nela em que acredito, pois bem vamos lá.
Nasci em um lar espírita e desde tenra idade, adoro esta expressão, tenra idade, sou afeito aos conceitos da pluralidade das existências, da intercomunicação entre os diversos planos que constituem a criação, etc, etc... Sem querer ferir suscetibilidades, ou me estender mais sobre crenças, sempre me foi ensinado a verificar meu posicionamento mental e sobre isto sempre discorro nas divulgações que faço.
PENSO LOGO EXISTO.  Muito bem colocou o filósofo, a capacidade de PENSAR é o nosso diferencial na criação, o homem é um ser RACIONAL, apesar da dúvida de muitos, portanto o nosso primeiro pilar está apresentado, O PENSAMENTO.
Hoje vejo prosperar em todo mundo a literatura de auto-ajuda que tanto sucesso editorial tem obtido junto a uma determinada faixa de leitores, muita coisa proveitosa pode ser apreendida em diversos títulos, contudo quanta baboseira também é impingida como verdade, talvez até seja a verdade de quem escreve, não sei, mas com certeza não comportam a meu ver, uma análise mais criteriosa da razão.
QUERER É PODER. Quase todos trazem isto em seu enunciado. Eis aí uma afirmação simples, extremamente poderosa, verdadeira sem dúvida alguma, em determinados contextos, mas que dá margem a inúmeras interpretações, incompreensões, ilusões e suas conseqüentes frustrações
QUERER NÃO É PODER. Não em qualquer contexto, não poderia ser assim, não faria o menor sentido, não vou nem mesmo citar o livre arbítrio alheio, seria covardia, bem já falei, mas retirando este argumento proponho outra pequena demonstração de argumentação.
Imaginem-se dentro de um avião, pode ser um daqueles enormes Airbus 300,  ou um Embraer,  para não ficar dando moleza para concorrência, vamos lá, imaginem-se sentados em uma poltrona e de repente aparece a aeromoça, ou atendente de vôo, como queiram, falando da seguinte maneira: Senhores passageiros lamentamos informar que acabamos de perder nossos dois pilotos, vítimas de um ataque cardíaco simultâneo, façam suas orações finais,  apertem os cintos, agradecemos sua preferência e esperamos contar com a sua presença em uma nova oportunidade, se é que vamos ter outra. Que Deus nos proteja.  Claro que estou forçando a barra, mas é só para me embasar, voltando à cena. O que fazer? EU QUERO PILOTAR O AVIÃO, mas EU POSSO?  Eu de fato quero com toda minha alma e sentimento poder pilotar o avião, afinal meu precioso corpinho esta dentro dele,  mas será viável? Eu quero, oro com todo fervor, imploro, uso toda a minha força mental. Será que consigo?  Sabemos de relatos em que pessoas, sem a mínima qualificação para pilotarem uma aeronave, assumiram  o seu comando e lograram aterrissá-la  em segurança, mas elas souberam entender instruções, sabiam a língua em que foi dada a instrução, e possuíam um extraordinário sangue frio para enfrentar o inesperado, mesmo neste caso esbarra-se no maior impeditivo dos nossos quereres, qual seja, CONHECIMENTO.
Eu posso querer me orientar na cidade de Tókio, no Japão, mas se não leio,  ou sei falar japonês, vai ser uma tarefa para leão do imposto de renda, talvez até consiga, usando recursos de  outras áreas das minhas habilidades, posso ser um excelente mímico, ou saber falar uma outra língua, ou encontrar quem fale a minha, vai saber, pode acontecer, contudo o centro da argumentação permanece, CONHECIMENTO, parte integrante do nosso primeiro pilar, e a ele subordinado
Vou usar outra analogia, comparemos a nossa vida a um rio, neste caso ela estará impregnada do meu conceito de múltiplas existências, não tenho como me eximir, mas que seja uma única se assim for necessário.
Nascemos à semelhança da fonte que dá origem ao rio, um pequeno ponto de brotamento d água e durante o trajeto vamos recebendo os primeiros afluentes que vão aumentando o volume d água, garantindo o fluxo constante e aumentando a extensão irrigada, passamos as fases hídricas, se posso assim denominar, da fonte original, nos tornamos regato, depois um singelo riacho, até nos transformarmos de fato em um rio de expressão, vamos incorporando os afluentes,  nos tornamos volumosos e de grande extensão, até que um dia, atingimos a meta final, qual seja, desaguamos no imenso mar, destino final da jornada.
Nesta analogia onde os afluentes são o conhecimento adquirido, que aumenta nosso volume interno, melhor especificando, aumenta nosso componente intelectual, nossa capacidade de pensar, de raciocinar, de decidir, também conhecida pela expressão EXPERIÊNCIA DE VIDA, deixei propositalmente de lado a outra ASA que nos impulsiona aos Céus, já explico a questão das asas, voltando ao rio, deixei de lado a questão crucial, falei sobre a fonte, o seu desenvolvimento hídrico, tornando-se de fato um rio, até desaguar no mar, deixei para depois a parte mais complexa, a qualidade da água.
Durante o percurso usando a mesma metáfora fluvial, vamos recebendo em nosso leito os dejetos, os metais pesados, os poluentes, as descargas tóxicas, até que chega o momento, que se não estamos atentos, nos descobrimos um  verdadeiro Rio Tiete, um rio de enorme extensão, volume d água, ou seja, de grande significação fluvial, mas de águas totalmente poluídas, não potável, imprópria para o consumo, onde a única forma de vida viável são as colônias de  coliformes fecais.
A qualidade da água, seguindo a metáfora, tem a sua correspondente na nossa trajetória humana, nós a conhecemos pelo nome de MORAL ou MORALIDADE,  dá no mesmo, ela é a responsável pela pureza de nossa água, nossa viabilidade como seres de qualidade, significativos, bebíveis ou potáveis, para não perder a graça. Eis aí o nosso segundo pilar, nossa segunda ASA.
Aprendi que a evolução não se processa em saltos, mas sim de forma contínua e incessante, assim sendo, se a nossa primeira qualificação, nossa maioridade espiritual, vem da capacidade de PENSAR, fica um pouco mais claro, até mesmo mais fácil,  entender as disparidades que presencio.
Somos todos nós, testemunhas da incrível evolução intelectual humana, há um século, ou um pouquinho mais, nada deste processo tecnológico se fazia visível ou ao menos previsível, a não ser que você se chamasse Júlio Verne, o fato é que tivemos uma performance intelectual impressionante.
Luz elétrica, o vôo humano, comunicação instantânea, a conquista do espaço, a fissão do átomo, ciência da computação, só para citar o básico, e apesar de termos nos alçado ao espaço sideral,, praticamente rastejamos  como os vermes em termos morais.
Mas é assim mesmo, aprende-se a raciocinar em primeiro lugar e no exercício do nosso livre arbítrio, vamos processando nossas experiências, TENTATIVAS e ERROS, nisto baseia-se o nosso aprendizado, contudo, o outro lado, a questão moral ou simplificando ainda mais, o nosso SENTIMENTO, é disto que estou falando, encarrega-se do contraponto, qual seja, o da RESPONSABILIDADE total e individual,   no que concerne as nossas escolhas, nosso processo de tomada de decisão, como gosto de dizer.
A velha metáfora que nunca envelhece, PLANTIO e COLHEITA, o plantio é sempre opcional, mas a colheita se impõe obrigatória, levando-nos ao mais perfeito conceito de justiça que o homem conhece, MERITOCRACIA, a cada um conforme seu merecimento, abro aspas aqui para dizer que pessoalmente, sei ter muito mais do que mereço, por extensão de bondade deste Criador Magnânimo, questão de convencimento íntimo, do qual não abro mão, revogadas as disposições em contrário.
Verifiquem por onde caminha seu pensamento, que faixa vibracional ele ocupa, e você terá um panorama fidedigno de quem de fato você é.
Através da nossa forma de pensar, criamos os nossos atavismos, nosso CONDICIONAMENTO, tudo se inicia no simples???????? Melhor dizendo complexo ato de pensar.
Por isto é tão necessário o ato de Profilaxia Mental, pensar melhor antes de falar algo, pensar duplamente melhor antes de fazer o que quer que seja, quantas lágrimas eu teria evitado se não me esquecesse cotidianamente desta verdade incontestável.
O intelecto altamente desenvolvido sem o  devido amparo do controle moral  tornou-se a matriz  de tantos desmandos, viciações e descontrole, é este desnível entre o nosso CONHECIMENTO e a nossa MORALIDADE,  que supre as manchetes dos nossos jornais com reportagens assombrosas, que dão conta do total descaso com o semelhante, que nos fazem ter a falsa noção que o mundo está pior, quando tudo caminha para evolução, para a perfeição, mesmo que não possamos entender ainda o cenário maior, onde estas transformações se processam, não me cabe julgar quem quer que seja, não teria estatura para isto, e se o tivesse, com certeza já teria aprendido a ter compaixão pelo meu semelhante, portanto me absteria do julgamento, preocupado que estaria  em ajudar na melhoria geral, que começa sempre na melhoria do próprio indivíduo, neste caso na minha própria melhoria como ser humano integral.
Através do curso da caminhada, no trajeto das águas pelo leito do rio, para retomar a metáfora que me é tão cara, incorporaremos os valores do CONHECIMENTO e nos qualificaremos usando dos preceitos da MORALIDADE, e assim providos das duas asas plenamente desenvolvidas, alçaremos vôos insuspeitos.
CONHECIMENTO submetido a MORALIDADE, resulta em SABEDORIA, virtude inerente a ANGELITUDE, a despoluição das águas,  o grande barato disto tudo, é que estamos a caminho, nossas águas já irrigam campos por nós mesmos semeados, onde muita coisa boa já foi e é colhida, é isto aí, deixa as águas rolarem, o meu destino é o mar.
Um grande abraço a todos os rios desta incomensurável bacia hidrográfica, que tem por apelido, HUMANIDADE.
Que Deus, o Mar Infinito,  onde todos os rios um dia irão desembocar, possa sempre nos proteger.

Ricardo M


domingo, 22 de abril de 2012

GENTE POESIA


GENTE

Gosto de gente
Alegre, Contente
Triste, Silente
Crente, Descrente
Discreta, Saliente
Esperta, Dolente

Gosto de gente
Gente que fala, gente que cala
Que ajuda ou atrapalha
Que nada faz, que trabalha
Que acerta e que falha
Gente corajosa ou fogo de palha

Gosto de gente
Negra, branca, mestiça
Sem preconceitos, mas com senso de justiça
Espírita, católico, evangélico, macumbeiro
De fina estampa, do chão do terreiro
De São Paulo, Minas, Rio de Janeiro
Gente do mundo inteiro

Gosto de gente
De gente bacana, sacana
Que bebe um whisky ou aguardente de cana
Itaipava, Skol, uma Bhrama
Travada ou boa de cama



Gosto de gente
Que não seja perfeita
Com todos defeitos
Gente em construção
Gente em ebulição
Gente que sofre e que ama
Até gente que me engana
Eu não deixo de gostar
Que finge não me conhecer
Finge até não me ver
Quando cruza o olhar

Gosto de gente
Gosto mesmo! Sem medida
Muita gente até duvida
Da força do meu gostar
Gosto do fundo do peito
Nasci assim, é o meu jeito
Sigo meu ponto de vista, e dele faço questão
Gosto de um modo esquisito
Gosto do feio e do bonito
De gente centrada e sem noção
Gosto, gosto sim, sem distinção
Pois em gente eu acredito
Na gente reside a esperança
Do gostar, não abro mão
Gosto de gente, pois gosto da vida
E a vida, é feita de gente
E de gente é feito o mundo
Gosto, gosto sim, gosto mesmo, gosto de um jeito profundo
Um gostar vagabundo
Como é meu coração
Afinal também sou gente. Não sou não?
Se bem que bateu uma dúvida, de tanto ouvir minha mãe quando me dá um esfregão.
Ah, menino! Você não é gente não
Bem, deixa a duvida prá lá , já é uma outra questão

RICARDO M

sexta-feira, 16 de março de 2012

POESIA COMO TERAPIA OU DESABAFO POÉTICO




Olá amigos.

Há algum tempo atrás iniciei este blog como um exercício de curiosidade, achava uma ferramenta de expressão muito interessante, simples e democrática, pois qualquer um pode a qualquer momento criar um blog sobre qualquer assunto e divulgar seu conteúdo, ou ausência dele para o mundo inteiro, sem exagero da figura de linguagem.
Este blog passou a ser minha terapia e meu terapeuta, uma ferramenta incrível contra tudo que tenta me apequenar, mágoas, rancores, raiva, incompreensão, ressentimentos, enfim tudo o que ocorre na vida de qualquer ser humano que se diga normal, pois todos sabem que de perto ninguém o é, ao mesmo tempo é o veículo de expressão dos meus melhores ( e piores ) sentimentos, dos meus melhores propósitos, que às vezes concretizam-se, e em outras tem o condão de não passar da intenção, mas assim somos todos nós, ou ao menos é, para uma enorme parte de nós ou do que somos, criaturas maravilhosas,  ainda imperfeitas, mas em aprendizado contínuo, rumo a perfeição relativa, pois perfeito só o Criador,
Muito recentemente encontrei outra forma de falar coisa séria, de dizer bobagem, de me emocionar e principalmente colocar pra fora o que fica atravessado na garganta, ou o que queima no meu íntimo. Catarse poética, vômito literário, só para vocês verem como dá para se falar da mesma coisa de forma diversa.
Hoje, encontrei na poesia, outra válvula de escape para aliviar a minha pressão interna, esvaziar de forma lúdica meus tormentos internos, e em outras ocasiões, metabolisar sentimentos muitas vezes carregados de acidez corrosiva, que se deixados em circulação, certamente me trariam doenças somáticas de difícil diagnóstico, pois toda sintomatologia do corpo material tem sua causa no espírito milenar, em sua própria tomada de decisões, no encadear infinito das experiências que nos levarão ao conhecimento pleno de nós mesmos, e ao sentimento vivificado no amor, não este amor que eu próprio decanto em poesia, mas o amor maior, do qual ainda somos alunos, aprendizes  de nível primário.
Pois é, redescobri a poesia  depois de muitos anos,  quem nunca tentou um versinho que seja, não sabe o que esta perdendo, se você é daqueles que fica com vergonha da pobreza dos seus versos, fica aqui o meu conselho: Desencana camarada, solte a franga.
Se seus versos carecem de talento, não esquenta, os meus também carecem,  faça-os de qualquer forma, o exercício vai melhorar dia a dia, via transpiração, a sua inspiração, não se deve ou pode, deixar na latência o que se recusa a calar no íntimo.
Como muita gente que conheço, ousei na juventude a cometer alguns versos, ingênuos, infantis, rimando amor com dor ( ainda faço isto de forma dissimulada ), e muito recentemente,  voltei a versar,  como já disse.
Tudo começou de tanto ler aquela frase da página inicial do FACEBOOK.  No que você esta pensando?  Esta aparente bobagem desencadeou um processo de me fazer pensar no que ocorria no meu cotidiano, vejam bem, uma bobagem desta, melhor dizendo, uma bobagem aparente, pois se você for dar uma atenção real e mais profunda ao questionamento, serve para de imediato, se fazer uma revisão íntima, e no processo,avaliar nossas escolhas de ação sobre tanta coisa que acontece no decorrer de apenas 24 hs de nossas vidas. Há um segundo tudo estava em paz...
E foi desta maneira prosaica, que ao pensar nos meus pensamentos, se me permitem a licença poética, foi que comecei a juntar palavras, sons,inspiração, um tiquinho de conhecimento, mas sobre tudo, SENTIMENTOS, em forma de poesia ou algo que tenha a pretensão de  parecer poesia.
Através dela falo o que não teria coragem de dizer de outra forma, se bem que as páginas deste blog, são testemunhas vivas de minhas alegrias e sofrimentos, nada que seja incomum, nossas existências tem uma similaridade impressionante, apesar de nossa individualidade, nossas alegrias e nossas dores,  detém uma semelhança avassaladora, frequentamos na grande maioria a mesma sala de aula, alguns mais avançados outros mais a retaguarda, mas o colégio é o mesmo para todos.
O artista em geral tem uma alma diferenciada, não poderia ser diferente, pois trás dentro de si tantas expressões, que acaba por não saber mais quem ele é propriamente, por isso trazem aquele alheamento, aquele distanciamento da dura realidade, pois ela não reflete o seu mundo íntimo, é uma alma multifocal, sua vida é pautada por valores morais, éticos e estéticos muito diferentes do que vemos no cotidiano vivido pelo restante dos seres viventes, o artista real, respira sua arte, vive através de suas personagens, de seus enredos, de sua visão muito particularizada do universo, enfim, vive de sua fantasia.
Dentre toda a gama de artistas, atores,fotógrafos, pintores, músicos, escultores etc etc etc os poetas verdadeiros, infelizmente não posso incluir-me entre eles, vivem de transformação, transformam a dura realidade de tantos sentimentos e experiências em textos, fábulas, histórias, e é através de sua visão, que podemos vislumbrar novos conceitos, novos prismas, novos ângulos, para velhos questionamentos.
Vou exemplificar. Como vocês definiriam uma lágrima? Secreção da glândula lacrimal, esta é uma de suas definições, já um poeta definiria a lágrima da seguinte forma. A lágrima é a materialização do sentimento. Acho que só com isto embasei  toda minha argumentação.
Dedico  este texto  simples na forma mais rico de intenção, à todos aqueles que através de sua arte, tornam nossas vidas mais incríveis, que nos possibilitam ver que é possível sonhar e perceber que a realidade que nos cerca está carreada de beleza, de sons, cores e formas diversas.
Em virtude do Dia da Poesia ,quero hoje destacar estes seres à parte da criação, os poetas, que com sua visão amplificada do universo, e da sintonia fina que tem com as palavras, seus significados e sons, tornam tudo mais belo, radiante, luminoso, enfim poético.
E dentre todos estes, permitam-me destacar minha amiga Regina Vilarinhos, que ousa reunir um bando de gente doida, aluada mesmo, em torno de uma iniciativa tão incomum nos dias de hoje, como é o Sarau Poético da Toca do Arigó, em Volta Redonda, que Deus te preencha de vocábulos, luz, sons, sentimentos, pois é disto que se trata a poesia.
Um grande abraço a todos, possa Deus tornar nossas vidas textos  poéticos de rara beleza.
Ricardo M


Segue minha singela homenagem à todos em forma destes versos tortos, como torto é meu coração.

NECESSIDADE VITAL

Faço,por total necessidade
Pra que toda insanidade
Não invada meu mundo mental
Faço poesia torta
Porém,pouco me importa
O resultado final
Poesia é a alquimia
Que transforma a escuridão e a tristeza
Em luz, sonho e beleza
Transformandodor em alegria
Faço rima desconexa
Mas também não me interessa
O que disto vão dizer
Escrevoestes versos tolos
Sem toda e qualquer pretensão
Declamo-os em frente a todos
Que me olham espantados
As vezes sem me entender
Faço poesia com a alma
Porque ao fazê-lo acalma
A dor da minha ilusão
Falo de tudo um pouco
Parece coisa de louco
Tudo o que tenho a dizer
Invadem-me mil pensamentos
Sorriso envolvido em lamentos
Que procuro de todos ocultar
Escrevo por inconsequência
Negando qualquer evidência
Que não tenha aprendido a amar
Faço poesia por sobrevivência
Usando de certa ciência
E às vezes de impaciência
Procuro sons pra rimar
Faço tudo de improviso
Pois, tudo o que é preciso
E se falar com emoção
Poesia de mar e brisa
Terremoto e furacão
Vejo poesia em tudo
Recuso-me a ficar mudo
Com tanto que tenho a contar
Poesia sem sentido
Que chega a doer o ouvido
De quem fica a me escutar
Poemas de rara beleza
Que me deixam na incerteza
Que fui eu mesmo a versar
Não tenho medo de nada
Sou viajante na estrada
Também chamada de vida
Faço trova bem modesta
Com a intenção manifesta
De lamber a própria ferida
Grito aos quatro cantos do mundo
Estes versos vagabundos
Que vivem na imaginação
Faço poesia banal
Contudo acho normal
Às vezes falar por falar
Melhor que o choro contido
Do poeta enrustido
O do verso interrompido
Que corroí o coração.

RICARDO M




domingo, 29 de janeiro de 2012

NECESSIDADE VITAL

Por que faço poesia?
Faço, por total necessidade
Pra que toda insanidade
Não invada meu mundo mental
Faço poesia torta
Porém,  pouco me importa
O resultado final
Poesia é a alquimia
Que transforma a escuridão e a tristeza
Em luz, sonho e beleza
Transformando a dor em alegria
Faço rima desconexa
Mas, também não me interessa
O que disto vão dizer
Escrevo  estes versos tolos
Sem toda e qualquer pretensão
Declamo-os em frente a todos
Que me olham espantados
As vezes sem me entender
Faço poesia com a alma
Porque ao fazê-lo acalma
A dor da minha ilusão
Falo de tudo um pouco
Parece coisa de louco
Tudo o que tenho a dizer
Invadem-me mil pensamentos
Sorriso envolto em lamentos
Que procuro de todos ocultar
Escrevo por inconsequência
Negando toda e qualquer evidência
Que não tenha aprendido a amar
Faço poesia,  por sobrevivência
Usando de certa ciência
Às vezes de impaciência
Procuro sons pra  rimar
Faço tudo de improviso
Pois, tudo o que é preciso
É se falar com emoção
Poesia de mar e brisa
Sobre a onda que desliza 
Terremoto e furacão
Vejo poesia em tudo
Recuso-me a ficar mudo
Com tanto que tenho a contar
Poesia sem sentido
Que chega a doer o ouvido
De quem fica a me escutar
Poemas de rara beleza
Que me deixam na incerteza
Que fui eu mesmo a versar
Não tenho medo de nada
Sou viajante na estrada
Também chamada de vida
Faço trova bem modesta
Com a intenção manifesta
De lamber a própria ferida
Grito aos quatro cantos do mundo
Estes versos vagabundos
Que vivem na imaginação
Faço poesia banal
Contudo acho normal
Às vezes falar por falar
Melhor que o choro contido
Do poeta enrustido
O do verso interrompido
Que corroí o coração.

RICARDO M

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

FELIZ LIVRO NOVO


Recebi de um grande amigo, o André, um e.mail com este título, cheguei até a pensar que seria uma campanha para doação de livros, mas estava enganado, era ainda mais importante que um livro, e olha que para mim,  eles têm uma importância enorme na formação de quem eu sou.
Tratava-se de uma crônica, que a pretexto do final deste ano, e consequentemente início de outro, dizia que em todo início de um novo ano recebemos um livro em branco, no qual iremos escrever página a página nossa própria história de vida, pode até parecer um lugar comum dizer que somos os autores de nossa própria história de vida, mas quantas vezes convenientemente, nos esquecemos desta realidade, para falsamente  colocarmos o desfecho de nosso enredo nas mãos de outros  escritores.
Tentamos frequentemente colocar o destino de nossa personagem sob a responsabilidade de outro escritor, que tem por sua vez , apenas uma responsabilidade real, qual seja,  a de escrever o seu próprio livro da vida.
E foi ao ler este e.mail,  que a princípio parecia tão comum, que fiquei a pensar no que eu próprio havia escrito no meu livro de 2011, e vou dizer uma coisa, como em quase toda reflexão íntima que se proponha a ser sobre tudo honesta, não foi sem um determinado espanto que reli algumas desta páginas.
O que mais me constrangeu, foi verificar que durante mais de um terço deste ano, muitas páginas ficaram incompletas, cheias de espaços em branco, algumas borradas, impossibilitando a leitura.
Perdi tempo precioso sem a mínima inspiração para escrever algo digno de nota, páginas onde percebi apenas manchas que pensei serem causadas por algum líquido que eu tivesse derramado no meu livro por descuido, mas como eram tantas e em sequência me vi forçado a repensar o contexto destas ocorrências e muito constrangido percebi que não era um líquido qualquer que havia manchado estas paginas, muito espantado percebi que eram lágrimas que haviam atravessado o ano de 2010 e conspurcaram uma grande parte do meu LIVRO NOVO do ano de 2011.
Tento me consolar, consolo porco, como diria um  outro amigo, que tudo foi aprendizado, o que de fato foi, mas até para aprender  existem métodos mais adequados, mais eficientes, e principalmente muitíssimo menos dolorosos, com o agravante enorme de eu ter prometido a mim mesmo, que o ano que estava por chegar, o ano de 2011 seria diferente, se tiverem dúvida é só lerem o texto referente ao final do ano que passou
Não estou envergonhado da minha fraqueza, afinal sou humano, mas sinto-me um tanto quanto estúpido por só agora perceber a minha inércia literária nestes momentos, linhas mal traçadas, conjugação verbal errada, ausência de concordância, ignorância total das regras gramaticais que regem toda estrutura de nossos textos de vida, logo eu que me julgava um escritor experiente, se não fosse trágico seria cômico.
Mas, a Sabedoria Divina, conhecedora de todos os meandros da nossa narrativa, guiada por esta bondade extrema, com a qual trata toda sua criação literária, se posso usar a metáfora, sempre disponibiliza um novo livro, uma nova chance de escrevermos um verdadeiro best seller, um campeão de vendas.
Como esta Sabedoria esta atrelada a um outro atributo que é o da Justiça Perfeita, não podemos, nem devemos reclamar das condições deste novo livro que agora  nos será entregue no ano que está por iniciar-se, não seria justo, convenhamos,  recebermos o mesmo tipo de papel, lápis e caneta, de quem cuidou com zelo do livro do ano anterior, uma professora tem conceitos diferentes para o aluno que caprichou na caligrafia, cuidou de encapar bem o seu livro, e entregou todas lições em dia, enquanto o outro deixou lições incompletas, ou por fazer, borrou  páginas e deixou em casos mais  extremados  páginas do livro serem arrancadas.
MERITOCRACIA, neste conceito de justiça, tudo o mais encontra seu respaldo, temos o que fazemos por merecer, nada mais lógico e mais perfeito.
Somos herdeiros de nós mesmos, autores de nossa própria história, ou qualquer outra frase de efeito que quiserem escrever, no final, ou para me ater a metáfora, no epílogo deste livro, o final feliz desta história estará sempre sob a responsabilidade do autor e de ninguém mais.
É claro que nesta imensa biblioteca, onde zilhões de livros são escritos, dia após dia, muitas história se entrelaçam, aliás todas as histórias entrelaçam-se, de uma forma ou outra,  algumas de forma direta outras de forma indireta, mas tenham certeza nossas histórias são interdependentes, totalmente.
Lemos parcialmente o enredo dos outros e em contra partida os outros parcialmente leem os nossos textos, e assim, de página em página, capítulo em capítulo, volume em volume, vamos completando nossos livros e preenchendo as prateleiras desta enorme biblioteca que chamamos de vida.
Vou mais uma vez tentar ser um escritor mais efetivo, TENTAREI, vejam bem o tempo do verbo, tentarei  escrever uma história com final feliz, uma história repleta de ética, bom senso, cheia de personagens bem estruturadas, vencedoras, cuidarei mais de cada página, para que não tenham tantas rasuras, erros de concordância, enfim de uma gramática que se não pode ser ainda  perfeita, que ao menos seja agradável a leitura, principalmente pelo próprio escritor, neste caso eu mesmo.
Tomara que ao ler ao final de 2012, o livro a ele referente, eu possa dar muita risada, me emocionar profundamente, e se verter algumas lágrimas, que sejam de reconhecimento ao nosso GRANDE EDITOR,  por haver mais uma vez apostado nos meus dotes literários e me haver dado  uma nova oportunidade de que já que não posso mudar o que já foi por mim  mesmo escrito, ao menos transformar o desfecho final deste LIVRO, para um final feliz, se fosse um filme ao invés de um livro, ao final da projeção, no lugar de THE END, pudesse ler HAPPY END.
Quanto aos filmes. Isto é outra história.
Desejo a todos um Feliz Livro Novo, repleto de boas histórias, repleto de finais felizes.
Um grande abraço e que o GRANDE EDITOR, possa inspirá-los em suas HISTÓRIAS.

Ricardo M

P.S.

 Em virtude de todo este corre corre de final de ano, não consegui postar  este artigo antes de iniciar-se este ano, neste intervalo de tempo perdi um amigo, Paulo Roberto Villela, marido da  minha amiga Solange Wehaibe,  proprietários da livraria VEREDAS.
Os dois são responsáveis por muitas realizações importantes no setor cultural de nossa cidade, Volta Redonda RJ.
Paulo um intelectual sem pretensão de ostentação, homem de sorriso tímido, contudo sempre acolhedor, de fala macia, é um ótimo exemplo de quem soube escrever uma história de vida coroada de sucesso, ético,  generoso, enfim  um escritor best seller.
O fato serviu-me de alerta, conheço poucas pessoas que podem submeter suas histórias de vida, ou dando continuidade a metáfora do texto, seus livros a apreciação do Grande Editor de cabeça erguida..
Paulo construiu uma obra literária de valor inestimável, mas um outro fato deve ser apreendido com tudo o que aconteceu, não importa quão bom escritor possamos ser, nunca podemos esquecer de uma realidade que muitas vezes nos escapa ao entendimento, todos os livros, digo TODOS mesmo, não nos pertencem, são empréstimos que fazemos junto a esta BIBLIOTECA DIVINA e que dia menos dia, sem aviso algum seremos chamados a  ELA devolvê-los e a dar conta da nossa produção literária.
Mesmo sem grande qualificação, torno este texto uma homenagem ao amigo que parte temporariamente  para longe de nossos olhos materiais, mas não tão longe que não possa receber nosso preito de gratidão por tudo que nos legou.
Paulo receba esta singela homenagem, minha prece em forma de texto,, com certeza nosso Pai Maior tem planos de escrever algo muito importante, por isto sua presença foi requisitada.
A gente com certeza, ainda se encontra em alguma destas inúmeras bibliotecas do universo. Até este dia meu amigo

Ricardo M 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CAIXINHA DE SURPRESAS


Olá amigos.
Assim como o futebol, a vida é definitivamente uma caixinha de surpresas, quando você pensa que já passou por tudo, que já viu  tudo o que havia para ser visto, quando já experimentou o que poderia experimentar, o vocábulo inusitado passa a fazer parte do seu dicionário.
E aí esta o grande barato deste exercício cotidiano que denominamos VIVER.  Gonzaginha já nos fez esta pergunta. E a vida, e a vida o que é? Diga lá meu irmão. Ela é a batida de um coração? Ela é uma doce ilusão? Eu de cá arriscaria um... Sei não! 
Sem rodízios vou logo falando o que penso, a vida é aprendizado, e  portanto, como o aprendizado é infinito e inesgotável, assim é a vida, um exercício constante e infinito rumo ao autoconhecimento e ao conhecimento de tudo o que nos cerca.
Seguindo a lógica irracional dos meus textos, se é que existe tal coisa, lógica irracional,  e como para todo efeito existe uma causa, não é por loucura simples que estes pensamentos vieram me visitar, é loucura elaborada.
Meu amigo Herbert Viana em uma de suas músicas, faz uma constatação aparentemente simples na forma, mas com uma carga de significado tão ampla quanto o universo. Há um segundo tudo estava em paz.  Tentem  não se aterem apenas ao espírito da palavra,  mas sim adentrar a palavra do espírito, não vejam aí conotação religiosa, é apenas questão de reflexão íntima.
Há um segundo tudo estava em paz... E no segundo seguinte tudo se transforma, onde havia risos, o choro se faz presente, onde havia harmonia o caos se instala, onde havia luz a presença das trevas se faz sentida. Graças a Deus, o inverso também ocorre, mas sem tamanho impacto de reflexão, a saída da zona de conforto sempre é mais intensamente vivenciada, do  que o seu retorno a ela, apesar da sensação de alívio sentida quando transpomos algum obstáculo, quando vencemos algum desafio.
Um simples reencontro me fez fazer todas estas digressões, pensava eu já ter minha vida definida, em curso certo, com destino de chegada definido, ledo engano, mal sabia eu com  quanta novidade eu ainda me defrontaria após o segundo da mudança, aquele segundo que me retiraria da minha zona de conforto e me jogaria no olho do furacão.
Quanta mudança se processou em menos de três anos na minha vida, 900 graus, duas voltas inteiras e meia, é a minha sensação, vi o mundo em outra perspectiva, não muito agradável, diga-se de passagem,  de cabeça para baixo no primeiro momento, e ainda agora em um plano  bastante inclinado.
Vivenciei emoções inusitadas, descobri  possibilidades insuspeitas, me reinventei, e neste processo descobri o quanto ainda tenho por ser revelado, o quanto ainda tenho para experimentar e aprender sobre mim mesmo, poderia ter sido  um fato qualquer, ou uma pessoa qualquer, mas coube a você, por contingência do destino, sempre tão insondável, ser o agente catalizador desta transformação bárbara, que ocorreu na minha vida, mudando a percepção que eu tinha de mim mesmo, e no processo encontrando  uma nova maneira de me relacionar com as pessoas.
Não foi fácil não, mas ter minha vida tangenciada pela sua naquele momento crítico de tomada de decisão, me levou a enxergar de forma  clara e sobretudo definitiva que o caminho até então percorrido, não tinha via de retorno, seria outro o meu destino de chegada, foi um divisor de aguas, adoro esta expressão, me faz pensar em Moíses, que na minha imaginação tem o rosto de Charlton Heston é inevitável para a minha geração.
O fato é que ao atravessar o meu Mar Vermelho, me vi em terras desconhecidas, que percorro em passos hesitantes, cautelosos, os ecos da última experiência ainda reverberam na alma, mas nada que me faça deixar de prosseguir a caminhada, é trajeto percorrido, mesmo que os pés em carne viva sejam uma lembrança pouco agradável.
O fato é que você mudou minha percepção, me descortinou um mundo de possibilidades que eu julgava a mim vedadas, nossa interação não é de agora, sei por saber desta verdade, nossos espíritos são afins, afeto verdadeiro, apesar de extremamente confuso, mas é assim mesmo.
Nos entendemos e nos desentendemos, nos atraímos e nos repelimos, mas posso dizer, me sinto um privilegiado pela experiência.
Hoje nossas vidas tomaram rumos distintos, você segue seus caminhos na tentativa comum a todos de auto descobrimento, o mesmo caminho que percorro tendo outros companheiros de jornada, mas tenha certeza de uma coisa, afeto real é eterno, imorredouro.
Talvez aqueles que se arriscarem a ler este texto não possam entender a motivação de tê-lo escrito, contudo como já disse anteriormente, isto aqui tornou-se um binômio de terapia-terapeuta, mas penso que como as experiências são muito semelhantes, vocês entendam, que isto tudo nada mais é, que um tributo de gratidão, uma homenagem que presto através de uma pessoa a tantas outras que compõe o mosaico da minha existência, que me enriqueceram com a sua convivência, que fizeram cada segundo ser um momento de transformação, e agradeço a Deus por assim ser, o contrário tem por nome, estagnação.
Viver é assumir riscos, alguns calculados, outros nem tanto. Let it be.
Um grande abraço a todos, hoje em especial a você a quem foi dedicado estes pensamentos imperfeitos. Até o próximo surto..
Fiquem todos sob a proteção de Deus
Ricardo M

sábado, 5 de novembro de 2011

CORAÇÃO INSENSATO ( Letra de Samba )

Ah! Coração insensato
Já nem se liga no fato
Insistindo em tentar
Só consegue se iludir
Fingindo não ouvir
O que tento te explicar
Encontrar um amor de verdade
É  beco sem saída
Só um em sua vida
Já é raridade
Contudo você não me escuta
Prossegue na luta
Sem querer entender
Esquece a própria vivência
Negando a evidência
Fingindo não ver
Quem disse te amar
Falou por falar
Terminou sempre em dor
Depois você chora baixinho
Soluça, reclama
E eu cá na minha cama
Não consigo dormir
E mais uma vez eu te explico
Consolo,suplico, fingindo supor
Que desta vez você entenda
E vê se se emenda
Pois nesta contenda
Sou professor
Te peço, tenha piedade
É que em questão de saudade
Te digo sem vaidade
Já me tornei Doutor
Insensato coração
Sei que te falo em vão
Só faz a sua vontade
Ignora minha agonia
Pois quem vive na tempestade
Enjoa na calmaria.

Ricardo M          Cartola que me aguarde. rsrsrsrs.